Huyssen. Mapeando o pós-moderno

Fichamentos bibliográficos diplomáticos de Isaias Carvalho

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HUYSSEN, Andreas. Mapeando o pós-moderno. In HOLANDA, Heloísa Buarque. Pós-modernismo e política. Rio de Janeiro: Rocco, 1991. p. 15-80.

A - Considerações Gerais:

1. Textos relacionados a este [tema]: HABERMAS – Modeernidade versus Pós-modernidade; CANCLINI – Das utopias ao mercado (in: Culturas híbridas); VATTIMO – A sociedade transparente.

2. “Percebo o desenvolvimento tanto do hedonismo como do tribalismo e do nomadismo, as três vertentes para compreender a pós-modernidade.” In: MAFFESOLI, Michel. Brasil, laboratório da pós-modernidade? Entrevista concedida a Regina Teixeira para a revista Caros Amigos, 22/07/02: internet: http://www.ecomm.com.br/carosamigos/da_revista/edicoes/ed64/regina.asp

3. Em Fifty contemporary thinkers, reler anotações sobre: BENJAMIN, ADORNO, HABERMAS, DERRIDA, FOUCAULT e BARTHES.

4. Aura restaurada: p. 17 \\NOVA CRÍTICA> New Criticism

5. Página 41: contraste entre pós-modernismo americano e europeu. De qualquer forma, o principal foco do texto é de fato o pós-modernismo americano.

6. pp.49-50: Huyssen faz como que um resumo das idéias de Habermas sobre o pós-modernismo, problemantizando-as nas páginas posteriores.

7. Deixemos que o próprio Huyssen explicite o objetivo de seu texto: * “Não tentarei definir aqui o que é pós-modernismo. (...) Assim, mantendo em mente a natureza relacional do pós-modernismo, partirei simplesmente da Selbstverständnis do pós-moderno, do modo como ele tem dado a vários discursos desde os anos 60. O que espero produzir neste ensaio é algo como um mapa em escala ampla do pós-moderno, que cobre vários territórios e no qual as diversas práticas artísticas e críticas pós-modernas possam encontrar seu lugar estético e político.” pp. 22-3. // “(...) uma cultura pós-modernista que venha a emergir dessas constelações políticas, sociais e culturais terá que ser um pós-modernismo de resistência, incluindo a resistência a esse pós-modernismo fácil do tipo “vale tudo”. A resistência será sempre específica e contingente em relação ao campo cultural em que opera. Ela não pode ser definida simplesmente em termos em termos de negatividade ou não-identidade, como faz Adorno, nem serão suficientes as ladainhas de um projeto totalizante e coletivo.” P. 79

8. Quatro grandes características da fase inicial do pós-modernismo: p. 36-41 1) (...) uma imaginação temporal que mostrava um forte sentido do futuro e de novas fronterias, de ruptura e de descontinuidade, de crise e de conflito de gerações, uma imaginação tributária mais de anteriores movimentos europeus de vanguarda, como o Dada e o surrealismo, do que do alto modernismo. 2) (...) um ataque iconoclástico contra o que Peter Búrger tem tentado definir teoricamente como a “arte institucional”. [ver toda a nota 22 na p. 38: “A diferença entre modernismo e vanguarda foi um dos pivôs da polêmica entre Benjamin e Adorno nos anos 30 (...).] 3) (...) muitos dos primeiros defensores do pós-modernismo partilhavam o otimismo tecnológico de segmentos da vanguarda dos anos 20 (...). 4) (...) uma tentativa vigorosa, ainda que igualmente bastante acrítica, de valorizar a cultura popular como um desafio aos cânones da grande arte, modernista ou tradicional.

9. p. 77: “(...) quatro fenômenos recentes que, a meu ver, são e permanecerão por algum tempo constitutivos da cultura pós-moderna.” P. 77-9: 1) (...) a cultura da modernidade esclarecida tem sido também (...) uma cultura de imperialismo interno e externo, leitura já proposta por Adorno e Horkheimer nos anos 40 (...). Este imperialismo (...) é agora contestado política, econômica e culturalmente. 2) (...) o movimento de mulheres tem propiciado a emergência da mulher como força criativa e autônoma nas artes, na literatura, no cinema e na crítica. (...) As críticas feministas têm contribuído substancialmente para as revisões da história do modernismo (...). 3) Durante os anos 70, as questões ecológicas e do meio ambiente deixaram de ser uma política específica para tornar-se uma ampla crítica da modernidade e da modernização (...). 4) Há uma crescente consciência de que outras culturas, não-européias, não-ocidentais, devem ser abordadas por meios que não os da conquista e da dominação, como afirmou Paul Ricoer há mais de 20 anos, e de que a fascinação erótica e estética com o Oriente (...) é profundamente problemática. [ver SAID: Orientalismo. PÓS-COLONIAL]

10. Anotações das aulas com Eneida Cunha: retorno, retomada do pós-moderno significam, ironicamente, deslocar\criticar o peso de algumas construções da modernidade. Ler: HUTCHEON: “Teoria e política da ironia” [‘A estética do pós-moderno’]\ último ensaio > “O fracasso de uma exposição feita por ironia”

11. Pós-estruturalismo

B - Termos basilares/vocabulário:

1. Vanguarda: (Aurélio): francês avant-garde. 1. Exérc. Extremidade dianteira de unidade ou subunidade em campanha. 2. Frente, testa, dianteira. (retaguarda é antônimo) 3. A parcela mais consciente e combativa, ou de idéias mais avançadas, de qualquer grupo social. 4. P. ext. Grupo de indivíduos que, por seus conhecimentos ou por uma tendência natural, exerce papel de precursor ou pioneiro em determinado movimento cultural, artístico, científico, etc.

2. Vanguarda Histórica: (Eneida) termo já consolidado em nossa área para se referir às vanguardas do final do século XIX e início do XX. Vanguarda em geral pode acontecer a qualquer momento. É um termo localizador, não valorativo.

3. Modernidade: (Aurélio): qualidade de moderno: 1. dos tempos atuais (...) 2. Atual, presente, hodierno. (...) 4. Que está na moda. 5. Restr. Diz-se das manifestações artísticas e literárias do séc. XX. (...)

4. Modernismo Estético: (Alta Modernidade) a partir de Baudellaire. X Modernidade: a partir do século XV (Colombo). História.

5. Pós-modernidade: (Aurélio): não contém. (In: HUYSSEN, Andreas. Mapeando o pós-moderno. In HOLANDA, Heloísa Buarque. Pós-modernismo e política. Rio de Janeiro: Rocco, 1991. p. 15-80.): “(...) o pós-moderno não pode ser considerado simples seqüela do modernismo, como o último passo na infindável revolta do modernismo contra si mesmo. (...) ele opera num campo de tensão entre tradição e inovação, conservação e renovação, cultura de massas e grande arte, em que os segundos termos já não são automaticamente privilegiados em relação aos primeiros: um campo de tensão que já não pode ser compreendido mediante categorias como progresso versus reação, direita versus esquerda, presente versus passado, modernismo versus realismo, abstração versus representação, vanguarda versus kitsch. [p. 74] // “[Kristeva] afirma que o pós-moderno é ‘aquela literatura que se escreve com a intenção mais ou menos consciente de expandir o significável e assim o domínio humano.” [p. 70] // “Lyotard (...) define o pós-moderno (...) como um estágio recorrente no interior do modernismo.” [p. 71]

6. TERMOS em ALEMÃO: Selbstverständnis: o modo como alguém se vê [auto-entendimento; evidência]; Aufklärung: Iluminismo (em inglês: Enlightenment); Jetztzeit: (para Walter Benjamin): “(...) o presente como momento de revelação: um tempo em que as farpas de uma presença messiânica se enredam.” // Tempo presente, tempos modernos. Nachträglichkeit: posterioridade ou suplementariedade? // Weltanschauung (pl.: -em): visão do mundo; cosmovisão, mundividência; ideologia. Gesamtkunstwek wagneriana: síntese das artes; show, happening; multimedia performance ou show. // Parteilichkeit: bias; parcialidade (?). // Erfahrung: experiência. //

7. Iluminismo: (Aurélio): 1. A mística dos iluminados. 2. Filos. V. filosofia das luzes: movimento filosófico do século XVIII que se caracterizava pela confiança no progresso e na razão, pelo desafio à tradição e à autoridade e pelo incentivo à liberdade de pensamento. [Sin.: Iluminismo, ilustração] – em alemão: Aufklärung; em inglês: Enlightenment.

8. Hedonismo: (Aurélio): 1. Ét. Doutrina que considera que o prazer individual e imediato é o único bem possível, princípio e fim da vida moral (...). 2. Filos. Doutrina moral do cirenaísmo.

9. Estética: (Massaud Moisës): Grego aisthetikê, sensitivo, sensível; aísthesis, sensação, percepção. // Neologismo criado pelo filósofo alemão Alexander Baumgarten (1714-1762) (...). O vocábulo designa, lato sensu, o conhecimento da beleza na Arte e na Natureza, ou seja, a teoria ou filosofia do Belo, entendendo-se por Belo todo o conjunto de sensações experimentadas no contacto com a obra de arte ou manifestação da Natureza. Stricto sensu, equivale a teoria ou filosofia da Arte. [de qualquer modo, as principais questões da estética – o que é belo? O que é arte? etc – vêm desde Platão e Aristóteles. (...)

10. Estética da afetação:

11. Nova Crítica: New Criticism

12. Pós-estruturalismo: examina a noção da diferença em todas as suas facetas e descobre que Saussure tinha deixado intactas certas pressuposições (metafísicas) a respeito da subjetividade e da linguagem (por exemplo...). p. 50! 95!

13. Panacéia: remédio para todos os males.

14. Documenta 7: “A Documenta 7 pode ser vista como o perfeito simulacro estético: ecletismo fácil combinado com amnésia estética e delírios de grandeza. [p. 19]

15. Kitsch: é usado para se referir a objetos ou obras de arte que as pessoas consideram tolas ou sem atrativos porque são elaboradas em um estilo sentimental.

C – Trechos extraídos do texto:

poéticos acadêmicos parentéticos

isaiasfcarvalho@gmail.com

Itabuna/Ilhéus, Bahia, Brasil

Imagens dos temas na base desta página por: Wellington Mendes da Silva Filho