ROSENFELD, Anatol. Shakespeare e o pensamento renascentista

Fichamentos bibliográficos diplomáticos de Isaias Carvalho

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ROSENFELD, Anatol. Shakespeare e o pensamento renascentista. In: Texto Contexto. São Paulo: Perspectiva, 1969. p. 123-45.

A – Considerações Gerais:

1. Em Texto/Contexto também são encontrados textos sobre: reflexões estéticas (teatro agressivo; grotesco; romance moderno; psicologia profunda e crítica); romantismo alemão, Schopenhauer, Mário de Andrade e o cabotinismo, Thomas Mann, Kafka e Augusto dos Anjos.

2. No prefácio, pelo próprio ROSENFELD: O tema da “máscara” é tomado como “guia” geral dessa obra. “A vida impõe ao indivíduo uma forma fixa, tornada máscara.” (p. 12); “[Com base em Nietzsche,] “As verdades são ficções de que se esquece que o são, metáforas gastas, moedas que perderam a sua imagem”. (p. 15)

3. Reler As palavras e as coisas, de Michel Foucault, para uma melhor compreensão do início do texto de Rosenfeld.

4. Ver fichamentos de Harold Bloom. For considerations on DEATH (p. 733-734)

5. In Bloom’s book, The tempest is placed in Part IX – “The late romances”

6. In BLOOM: The Faustic lineage starts with Simon Magus, who changed names – to Faustus – when he went to Rome. “In a contest with Christians, this first Faustus attempted levitation, and crashed down to his death. Most subsequent Fausts sell out to the Devil, and pay with spirit, the grandest exception being Goethe, for his Faust’s soul is borne off to heaven by little boy angels whose chubby buttocks so intoxicate Mephistopheles with homoerotic lust that he notices too late the theft of his legitimate prize. (…) Simon Magus was, like Jesus the Magician, a disciple of John the Baptist, and evidently resented that he was not preferred to Jesus, but again we have only Christian accounts of this.” (p. 667-668). [Christopher Marlowe’s Dr. Faustus; Ferando Pessoa’s; …]

7. Mirella considera COMPAGNON, ou melhor, seus leitores em geral, um deserviço para a área de literatura.

8. Quanto mais mimese, mais literário, mais literariedade (formalistas russos)

B – Vocabulário relevante:

i·ma·go

(i m!Æg$, i mäÆ-), n., pl. –goes, -gi·nes 1. Entomol. An adult insect. // 2. Psychoanal. An idealized concept of a loved one, formed in childhood and retained unaltered in adult life.

nom·i·nal·ism (nomÆÃ nl izÅÃm), n. (in medieval philosophy) the doctrine that general or abstract words do not stand for objectively existing entities and that universals are no more than names assigned to them. Cf. conceptualism, realism (def. 5a).

mi.cro.cos.mo s. m. 1. Pequeno mundo. 2. Universo dos pequenos seres. 3. O homem, como resumo do universo.

ma.cro.cos.mo s. m. Filos. O grande mundo (o Universo), em oposição ao microcosmo (o homem).

1. Universália: a nomes e conceitos correspondem essências ou formas que os precedem, pois as ideias gerais têm um ser intemporal no “logos divino”. Realismo conceitual, preponderante na Idade Média, o qual aos poucos foi cedendo espaço para o nominalismo. (p. 123-4) [platonismo?]

2. Cosmovisão: visão de mundo; Weltanschauung

3. Representação/Representar: o mesmo que mimesis/imitar?. (p. ?) // “o conceito aristotélico de mimese não significa mera imitação ou reprodução da ‘realidade’” (COSTA, 2003, p. 53).

4. Tragédia: (Dicionário de Termos Literários, de Massaud Moisés): Grego tragoidía, canto de bode (grupo de cantores vestidos de bode, sátiros, portanto), em honra a Baco. Para Aristóteles, a origem da tragédia seria do ditirambo. // Praticamente olvidada no curso da Idade Média, a tragédia voltou a ser apreciada e estudada com o Renascimento, graças à onda de Classicismo que o acompanhou. P.495 // A partir do século XIX, com a recusa da pureza dos gêneros e das regras clássicas, a tragédia quase desapareceu por completo, (...) mercê do surgimento do drama. P.496 // A tragédia clássica apresentava a seguinte estrutura: 1) prólogo, em forma de diálogo, 2) párodo, ou entrada do coro, 3) episódios, em número de três, separados pelos estásimos, ou intervenções do coro, 4) êxodo, ou desfecho. E conforme Aristóteles (...), seis partes a constituiriam: fábula, ou ação, personagens, elocução, pensamento, espetáculo e música. P.498 // A rigor, a tragédia saiu de circulação no século XIX; no entanto, algumas peças de Ibsen ou o moderno teatro do absurdo têm sido ocasionalmente rotulados como tal. P. 498 // ler mais em Massaud Moisés.

5. Comédia: (Dicionário de Termos Literários, de Massaud Moisés): Grego komodía. Ler mais em Massaud Moisés.

6. Drama: (Dicionário de Termos Literários, de Massaud Moisés ): Grego drama, ação. // (...) como a ação se afigurava exclusiva do teatro, passou a conter um significado específico. Aristóteles, na Poética (...), distingue a imitação, ou mimese, “na forma narrativa” daquela em que as “pessoas agem e obram diretamente”, ou seja, em que se processa a imitação da ação. Ao segundo tipo confere o apelativo de drama. Portanto, em sentido amplo, a qualquer peça destinada a representar-se caberia análoga denominação. P.161

C – Trechos diplomaticamente extraídos do texto

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