Viva a alminha brasileira!

Subalternidade e a "Alminha Brasileira"

Isaías Carvalho

Artigo publicado na Revista Interdisciplinar. Ano 5, v. 10, jan-jun de 2010 – ISSN 1980-8879 | p. 125-132. Artigo completo: aqui.

Infamiagens

Resumo: Propõe-se analisar a representação da identidade subalterna a partir de uma cena de estupro em Viva o Povo Brasileiro, de João Ubaldo Ribeiro. Coloca-se a escrava negra do Brasil imediatamente pós-independência na base de uma pirâmide possível de níveis de subalternidade, em um mutismo radical. Os ecos desse processo de construção identitária do brasileiro, que Ubaldo Ribeiro chama de “a alminha brasileira”, são contrastados e comparados com as relações e hierarquias sociais vigentes no Brasil de hoje. O lugar de enunciação do autor da obra também é problematizado, a partir do instrumental teórico tomado de empréstimo do campo dos estudos culturais pós-coloniais.

Palavras-chave: representação identitária, subalternidade, Ubaldo Ribeiro

Abstract: This paper aims at analyzing the representation of the subaltern identity

from the reading of a rape scene in Viva o povo brasileiro, by João Ubaldo Ribeiro. The female black slave in post-independence Brazil is placed the lowest in a possible pyramid of levels of subalternity, in radical silence. The echoes of this identity construction of the Brazilian, which Ubaldo Ribeiro calls “the little Brazilian soul”, are contrasted and compared with the current social relations and hierarchies in Brazil The novel’s author’s place of enunciation is also problematized. The main theoretical assumptions here are borrowed from the field of post-colonial studies.

Keywords: identity representation; subalternity; Ubaldo Ribeiro

Artigo completo na Revista Interdisciplinar: aqui.

Outras publicações acadêmicas de Isaias Carvalho - aqui.

Universidade Estadual de Santa Cruz