Mikhail Bakhtin. Epos e romance

UESC

Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC

Departamento de Letras e Artes - DLA

Página mantida pelo projeto de extensão "Dinamizando o ensino da língua inglesa" #

Coordenação: Prof. Isaias Francisco de Carvalho # Profa. Elaine Cristina Medeiros Frossard #

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BAKHTIN, Mikhail. Epos e romance: sobre a metodologia do estudo do romance. In: Questões de literatura e de estética: a teoria do romance. Trad. BERNADINI, Aurora F. et al. 4. ed. São Paulo: Editora UNESP, 1998. p. 397-428.

A - Considerações Gerais:

1. Trata-se de um texto contrastivo e comparativo entre as duas grandes formas narrativas: a epopéia (e outras formas da antiguidade) e o romance (como gênero típico da modernidade). A seguir, um resumo conclusivo desse artigo nas próprias palavras de Bakhtin [p. 426-428].

2. Em Questões de literatura e estética como um todo, Bakhtin tenta delinear uma ‘teoria do romance’. O romance como um corte na linearidade épica, colocado no âmbito do devir, do vir-a-ser – evolução. Evolução que deve ser aí problematizada, pois Bakhtin utiliza o termo no sentido tradicional (marcado) de ‘purificação em processo para um telos’. O tom do resumo bakhtiniano aicma, por exemplo, é todo ambientado na energia da modernidade, do progresso e da busca de renovação e originalidade.

3. Ainda de um modo geral, tanto em Questões... quanto no todo da obra de Bakhtin, há um apanhado analítico da cultura popular da Idade Média até a contemporaneidade (observar que Bakhtin morreu em 1975, e que os textos em Questões... foram escritos em épocas diferentes; ‘Epos e romance’, por exemplo, fora escrito em 1941, e também já publicado sob o título ‘O Romance como gênero literário’, na revista Questões de literatura, em 1970. [para outros pontos do pensamento de Bakhtin, ver LECHTE, John. Fifty contemporary thinkers: from structuralism to postmodernity. London and New York: Routledge, 1994. p. 7-12 \ trecho: [p. 8] “[...] outside a circle of specialists, Bakhtin is best known in the West, first, for his notion of carnival, which comes from his study of Rabelais; second, for the concept of the dialogical, polyphonic novel that derives from Bakhtin’s study of Dostoyevsky; and finally, for terms, such as ‘chronotope’ and ‘novelistic discourse’ which derive form his collected essays on the theory of the novel.”]

4. Caso se queira aprofundar a questão da teoria do romance, tentar encontrar uma obra de lukacs com este nome.

5. Omeros como romanceamento épico do poema: o próprio Walcott se coloca como sujeito, sendo também o narrador.

6. Zona de Contato é um termo muito repetido nesse artigo, em relação ao tempo presente (à atualidade). Mary L. Pratt teria retirado seu conceito homônimo daqui?

7. procurar investigar porque foi dito que “Bakhtin substitui gêneros literários por gêneros do discurso”.

B – Alguns termos de outras fontes:

1. Modernidade: (Aurélio): qualidade de moderno: 1. dos tempos atuais (...) 2. Atual, presente, hodierno. (...) 4. Que está na moda. 5. Restr. Diz-se das manifestações artísticas e literárias do séc. XX. (...)

2. Modernismo Estético: (Alta Modernidade) a partir de Baudellaire. X Modernidade: a partir do século XV (Colombo). História.

3. Pós-modernidade: (Aurélio): não contém. (In: HUYSSEN, Andreas. Mapeando o pós-moderno. In HOLANDA, Heloísa Buarque. Pós-modernismo e política. Rio de Janeiro: Rocco, 1991. p. 15-80.): “(...) o pós-moderno não pode ser considerado simples seqüela do modernismo, como o último passo na infindável revolta do modernismo contra si mesmo. (...) ele opera num campo de tensão entre tradição e inovação, conservação e renovação, cultura de massas e grande arte, em que os segundos termos já não são automaticamente privilegiados em relação aos primeiros: um campo de tensão que já não pode ser compreendido mediante categorias como progresso versus reação, direita versus esquerda, presente versus passado, modernismo versus realismo, abstração versus representação, vanguarda versus kitsch. [p. 74] // “[Kristeva] afirma que o pós-moderno é ‘aquela literatura que se escreve com a intenção mais ou menos consciente de expandir o significável e assim o domínio humano.” [p. 70] // “Lyotard (...) define o pós-moderno (...) como um estágio recorrente no interior do modernismo.” [p. 71]

4. Iluminismo: (Aurélio): 1. A mística dos iluminados. 2. Filos. V. filosofia das luzes: movimento filosófico do século XVIII que se caracterizava pela confiança no progresso e na razão, pelo desafio à tradição e à autoridade e pelo incentivo à liberdade de pensamento. [Sin.: Iluminismo, ilustração] – em alemão: Aufklärung; em inglês: Enlightenment.

5. Estética: (Massaud Moisës): Grego aisthetikê, sensitivo, sensível; aísthesis, sensação, percepção. // Neologismo criado pelo filósofo alemão Alexander Baumgarten (1714-1762) (...). O vocábulo designa, lato sensu, o conhecimento da beleza na Arte e na Natureza, ou seja, a teoria ou filosofia do Belo, entendendo-se por Belo todo o conjunto de sensações experimentadas no contacto com a obra de arte ou manifestação da Natureza. Stricto sensu, equivale a teoria ou filosofia da Arte. [de qualquer modo, as principais questões da estética – o que é belo? O que é arte? etc – vêm desde Platão e Aristóteles. (...)

6. Pós-estruturalismo: examina a noção da diferença em todas as suas facetas e descobre que Saussure tinha deixado intactas certas pressuposições (metafísicas) a respeito da subjetividade e da linguagem (por exemplo...). p. 50! 95! In HUYSSEN, Andreas. “Mapeando o Pós-Moderno”. In HOLANDA, Heloísa Buarque. Pós-modernismo e política. Rio de Janeiro: Rocco, 1991. p. 15-80.

C – Trechos extraídos do texto de Bakhtin:

https://721cb9b5-a-62cb3a1a-s-sites.googlegroups.com/site/estesinversos/pratica-de-pesquisa-tarefas-2011-1/RESENHA_D%C3%A9cio_Ingl%C3%AAs_Inform%C3%A1tica_New_Routes_Draft_pag_28.pdf?attachauth=ANoY7cqXiPHVPYrLB5fZ5xXHu6YffloegjcDG6wj075qQXfWU42VvULhHUUb7AgH-48mMBC66nK5LIGTAjdTHrcPUIp5bFmYL--T-5sF-5FYyKMuKhGIYK02gFYGdTu4a-TwY8XjHbivBHj5uH5Va_6PZ7PkNxi03TwuYIBnJ-664SQfPCiXnjmBUzTv8O31tuxr431qsVe-uLxQHPzXxFFPvqKjvjxfWg9_Jcmsrrzua9aPcBlfr7ykuQ4wyjv1-ltxPQMrU9hL6cKixsinTKeNgC9VqFpbXF2__HxDoN2XEjDW96aKr5-AsugYYfIiDNtmdLpM_TXMo3tN3nqCl_Ms5VOMLq0cMg%3D%3D&attredirects=0

Produção acadêmica do Prof. Isaias Carvalho

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