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O Bom Pastor
O amor da poesia
e a poesia do amor
Quero que sejam a letra
Para a história deste dia
Na história do Bom Pastor...
Ovelha branca de neve
Corre depressa ao curral...
Que a noite chega-se em breve
E nas trevas anda o mal!
Vamos, Bonita, depressa!
Deixa as ervas do caminho.
Não há grão que te mereça.
Ciosa do cordeirinho!
Vede além que já chegaram
Outros pastores também...
Só teus passos nos tardaram
Pelos caminhos de além!
Eh! Catita! passa adiante!
E tu, "formosa", caminha...
Anda mais a minha "brilhante"
Que senão, ficas sózinha !....
Uma, duas.../ vinte.../e cem.../
Noventa e nove, uma falta...
Ficou nas bermas de além,
Vou buscá-la, noite alta!
O bom pastor e o rebanho,
Pedras de aprisco e serões,
Noites de frio e de vento,
Não venham lobos, ladrões!
Bem fechadinha e guardada
Cada ovelha e seu cordeiro!
Que venha a morte de ronda
O pastor será primeiro!
Não há moeda que pague
O carinho do pastor.
Ele as farta, ele as conhece
Ele lhes têm amor!
Bom Pastor!
Canto de amor,
A parábola do mestre...
Não fora a luz duma luz
Pela boca de Jesus!
Era a vida que viera,
Remoçando em primavera,
Quantos segui-lo quisessem.
Ele é pastor e é porta,
para o aprisco da glória,
da salvação encontrada!
E só por Ele a vitória
Pois sem Ele é nada...nada!
Os cordeirinhos e ovelhas...
Eu sou o Bom Pastor...
E a vida darei por elas.
Haverá maior amor
Por debaixo das estrelas?
Lembremos isto:
Quem pensou antes de Cristo
ser do amor a equação
dar-se a vida pela vida!
Foi só Cristo, o Bom Pastor...
O amor que tem ao Pai,
O amor que o Pai lhe tem,
Esse amor guarda o rebanho,
Que a redimir ele vem!
Um amor universal,
O seu amor infinito,
Faz do mundo um só redil
Da humanidade um rebanho,
Sob a guarda divinal
Dum só pastor que é Jesus!
Outras ovelhas eu tenho
Mas todas um só rebanho
hão-de ser, sob o cuidado
Dum só pastor que sou eu...
E foi este... este o mandato...
De meu Pai que está no céu:
Ser Pastor...
Por amor!
Meu ouvinte açoriano!
Sabes de cor
a história do Bom Pastor.
Ele é Jesus, Rei da vida...
E sabes que és do rebanho
Uma ovelha de eleição?
Que só pode ter guarida
em seu doce coração
Aprisco do amor divino!
Perdoa que eu te pergunte:
foste ovelha sempre fiel,
ou, quem sabe, desgarraste?
Queima-te a boca esse fel
Que nos fica de fugir...
Foste dócil cordeirinho
Ao governo dum cajado
Que é amor e só... amor!
Ou, porventura, sózinho
Morreste pelo pecado
Longe de Nosso Senhor!
Tu sabes bem que é verdade:
Longe de Deus, a vida é nada!
E todos temos saudade
da felicidade passada!
Que não há frutos sem sol,
Nem dia sem arrebol !
Que a noite é feia sem lua
E a vida assim não é tua!
Se fugiste,
Volta agora.
Não venhas triste.
Abre os braços para a aurora,
Que se faz tão claro o dia.
A quem regressa
não há nada que se peça.
A não ser santa alegria,
de chorar
e amar...
quem nos espera na luz..
Jesus...
Mas se tu foste fiel
Que o Senhor seja louvado...
E te cubra com seu manto
Para a vida e para a morte
Sem caires no pecado!
A seres audaz e forte
Uma coroa hás-de ter...
Morre o corpo, vive a alma.
Alma não pode morrer!
A poesia do amor
E o amor da poesia!
Na história do bom Pastor!
A poesia da vida
Da vida que é para ti!
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Créditos: Dionísio de Sousa Contacto : dionisiomendes@gmail.com