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Na alma deste programa

Quero o meu coração.

Não se esqueça o que se ama

Com certeza e devoção.

Na minha voz e na mão

Erguerei bem alto a chama:

Viva São Sebastião!

É o grito que proclama:

O sorriso da virtude,

Branca inocência de lírio

Na alma da juventude;

A fortaleza do amor

Na imolação do martírio

Para a glória do Senhor.

Senhor!

Senhor, bendita seja a hora

desejada!

Meu corpo é preso agora

ao tronco desta árvore

como o teu no amor

foi no madeiro em cravos.

E a minha alma ansiosa

a ti sobe... a ti vai!

O céu! Pátria ditosa.

(às armas, os arcos retesai!

as setas apontai)

Ai!

Senhor! Senhor! Dá-me fortaleza!

Anseio a beleza que eu vejo

nesse portal de glória

aberto!

Sim, Senhor!

Por teu amor

aceito a cada seta o beijo,

Tu és Deus,

És a meu lado, aqui, és perto

E o braço teu erguido para os céus

me dá vitória,

o gozo teu eterno e certo.

Senhor!

Do grande dia é já chegada a aurora.

Aqui

em Deus me é já batida a hora...

Por ti!

Por ti, Senhor,

meus sonhos de criança

ardor da juventude

meu corpo, a alma, a fé, a esperança

O meu amor!

a plenitude...

Aqui me tens Senhor...

Soldados... sem dó nem dor...

Vá! Disparai!

Castigai

esse perjuro

que aos deuses foi ingrato!

Eu juro

que o futuro

há-de louvar este acto

em que a justiça é cumprida...

Perca o maldito a vida

na vergonha do castigo

Mas a vontade de César

tem que ser respeitada!

Vá soldados,

que não erre a vossa mão.

Disparai inda mais setas...

E varai-lhe o coração...

O coração...

(ri) Assim... (ri) Assim!

E veremos se ele grita:

Que viva a hora bendita

De morrer por esse Cristo,

O nazareno da Cruz!

Bom Jesus,

como disseste

eu repito:

Nas tuas mãos, a minha alma.

Perdoai-lhe o seu engano...

Perdo...ai!

E a derradeira seta

varou o peito do atleta

que o amor quis imolar...

Morto ficou, com certeza,

para as aves de rapina...

Embora carne mais fina

Águias e corvos mereçam!

E volveram os soldados

às saturnais de maldade!

outra vitória, porém

há-de o mártir apregoar...

Ainda

não morrerá...

Por graça infinita

de Deus,

antes de subir aos céus

voltará,

Para surpresa de Roma

E espanto do Imperador,

à defesa da verdade...

Sai do palácio o cortejo...

O imperador imponente...

vai com ele muita gente...

Agora surge o ensejo:

Até quando, Imperador

Te deixarás enganar?

Tu mentes

e és injusto!

Fica a saber,

E contigo estas gentes:

Que um só Deus é verdadeiro.

É aquele que ao madeiro

se abraçou

e por nós morreu...

Quem és tu?

Quem sou eu?

Sebastião que varaste

com as setas da mentira,

do teu ódio e do rancor...

Há um só Deus que é amor...

E os cristãos teus vassalos

podes feri-los, matá-los

mas em todo o teu império,

na terra inteira,

não terás quem mais te queira...

À morte! À morte!

À morte! o falsário, o nazareno

O perjuro!

Que não tenha melhor sorte...

Degolado...Degolado!...

Foi assim que uma luz

se apagou nesta vida,

para ter da vida o gozo

Que jamais pode ter fim!

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créditos Dionísio de Sousa contacto dionisiomendes@gmail.com