Jornal de Estudos Espíritas - Volume 6 - 2018

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A partir deste ano, os artigos vão conter um resumo gráfico. Veja abaixo.


Seção 1: Comentários


Editorial 2018

• Novidades do JEE, 150 anos de A Gênese, e o que a Pesquisa Espírita Tem a Ver com a Simplicidade

Alexandre Fontes da Fonseca (EDITOR)

Publicado online em 04 de Janeiro de 2018.

Artigo número 010101 - [PDF (509 Kb) - DOI: http://dx.doi.org/10.22568/jee.v6.artn.010101].

Seção 2: Artigos Regulares

Artigo 010201

• Parábola do Semeador: Revisitando Reflexões sobre o “Semeador”

Alexandre Fontes da Fonseca

Publicado online em 04 de Janeiro de 2018.

Artigo número: 010201 - [Resumo - PDF (1110 Kb) - DOI: http://dx.doi.org/10.22568/jee.v6.artn.010201].

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A Parábola do Semeador (MATEUS 13:1-9, MARCOS 4:3-9 e LUCAS 8:4-8) descreve com sabedoria a forma como recebemos os ensinamentos do Evangelho. Com palavras simples, Jesus apresenta a parábola e seu significado. Explica que a semente representa o ensinamento do Evangelho e que os tipos de solo que a acolhem representam os perfis pessoais de recebimento e entendimento desses ensinamentos. Kardec aproveita essa parábola comparando os diferentes tipos de solo com as diferentes categorias de espíritas. Aqui, apresento uma reflexão sobre a figura do "semeador" que, embora ligeiramente explorada em antigo sermão do Padre Antonio Vieira no século XVII, e destacadas por Emmanuel e Caibar Schutel em algumas de suas obras, necessita ser analisada de modo aprofundado dentro do contexto espírita. Em particular, analiso uma possível interpretação da primeira frase da Parábola do Semeador: Aquele que semeia saiu a semear. O que parece ser uma aparente redundância na frase, é aqui analisado em termos da importante questão do preparo e condições mínimas para que uma pessoa possa colaborar como um "semeador" de ensinamentos evangélicos e espíritas.

Artigo 010202

• A Deficiência Intelectual à Luz da Obra Kardeciana

Ailton Barcelos da Costa

Publicado online em 20 de Fevereiro de 2018.

Artigo número: 010202 - [Resumo - PDF (683 Kb) - DOI: http://dx.doi.org/10.22568/jee.v6.artn.010202].

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O presente artigo teve o objetivo de estudar como a obra Kardeciana trata os cretinos e idiotas. À luz da ciência atual, tais termos são usados para se referir a pessoas com deficiência intelectual, enquanto que para a época de Kardec se entendia que tais pessoas eram consideradas incapazes de aprender algo. Quando Kardec questiona a causa da deficiência intelectual, do ponto de vista espiritual, se depara com o questionamento das causas das aflições, em que o efeito precede sempre a causa, ou seja, se esta não se encontra na vida atual, há de ser anterior a essa vida. A Revista Espírita traz dois exemplos de pessoas com deficiência intelectual que tiveram seus Espíritos evocados para fins de estudo, que servem para exemplificar as causas anteriores das aflições. O primeiro caso se refere a um jovem considerado idiota, cuja causa estava na sua última encarnação, em que ele era um jovem que tinha se entregado exclusivamente aos prazeres do corpo físico. O segundo caso se trata de uma comunicação estabelecida pelo Espírito Pierre Jouty, em que fala da situação espiritual dos cretinos. Para tal Espírito, a condição de cretino é frequentemente escolhida pelos Espíritos arrependidos, que querem resgatar suas faltas, uma vez que essa prova não é estéril, porque o Espírito não fica estacionário na prisão da carne. Para o autor, a marcha do progresso é a condição determinada da Humanidade, uma vez que as provas impostas às criaturas modificar-se-ão século a século e, assim, tornar-se-ão todas morais. Por fim, São Luís reafirma o que foi dito em O Evangelho Segundo o Espiritismo, que as provas e expiações que todos passam na Terra, por mais dolorosas e difíceis, são sempre úteis ao adiantamento do Espírito.

Artigo 010203

• Terapia Fluídica: Apresentação de um Instrumento de Avaliação

Raphael Vivacqua Carneiro & Clóvis Aurélio Vervloet

Publicado online em 10 de Abril de 2018.

Trabalho apresentado no 13o ENLIHPE, ocorrido nos dias 26 e 27 de agosto de 2017, com apoio da USE e CCDPE.

Artigo número: 010203 - [Resumo - PDF (1688 Kb) - DOI: http://dx.doi.org/10.22568/jee.v6.artn.010203].

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Denominamos Terapia Fluídica a aplicação do magnetismo humano-espiritual de forma sistemática, visando à melhoria do bem-estar físico e espiritual de quaisquer indivíduos, como parte dos processos de Atendimento Espiritual no Centro Espírita, preconizados pela FEB. Grande número de relatos orais atestam os benefícios recebidos por pessoas que se submeteram de boa vontade à Terapia Fluídica. Este trabalho tem por objetivo apresentar um instrumento de avaliação do serviço de Terapia Fluídica e analisar os dados que foram coletados numa instituição espírita em Vitória, ES. Investigamos indicadores da Terapia Fluídica e seus reflexos na percepção de bem-estar das pessoas atendidas, incluindo saúde geral, ansiedade, qualidade de vida e dor. Selecionamos como amostra de pesquisa as pessoas que procuram o Atendimento Espiritual no Centro Espírita e que mostram sinais de ansiedade ou depressão, ou que apresentam problemas físicos cuja causa não se consegue diagnosticar, ou que persistem mesmo após tratamento médico. Aplicando o instrumento de avaliação antes do início do tratamento de Terapia Fluídica e após a conclusão do ciclo de seis encontros semanais de tratamento, constatamos que os principais indicadores pesquisados apresentaram melhoras estatisticamente significantes (p < 0,05), com variações positivas de 44% a 60%.

Artigo 010204

• Magnetismo ou Espiritismo? Parte I: A excelência teórica do Espiritismo

Alexandre Fontes da Fonseca

Publicado online em 01 de Maio de 2018.

Trabalho apresentado no 13o ENLIHPE, ocorrido nos dias 26 e 27 de agosto de 2017, com apoio da USE e CCDPE.

Artigo número: 010204 - [Resumo - PDF (1167 Kb) - DOI: http://dx.doi.org/10.22568/jee.v6.artn.010204].

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O movimento espírita, no Brasil e no mundo, ainda utiliza o termo magnetismo para descrever alguns efeitos da ação dos fluidos sobre a matéria e, em particular, aqueles que envolvem a cura física ou a terapia através dos fluidos espirituais. Embora a palavra magnetismo tenha sido muito utilizada por Kardec, ela não é uma palavra original do Espiritismo, isto é, criada pelo Espiritismo para descrever seus conceitos ou fenômenos. Essa palavra apenas foi utilizada por Kardec e os Espíritos para fazer referência dos fenômenos espíritas a algo conhecido na época. Na medida em que o Espiritismo recomenda que nossa fé deva ser raciocinada [item 8, cap. XIX, Evangelho Segundo o Espiritismo], e que ele deve “caminhar de par com o progresso” [item 55, cap. I, A Gênese], faz-se necessário avaliar se, passados 161 anos da publicação de O Livro dos Espíritos, a utilização do termo magnetismo representa “caminhar de par com o progresso” do conhecimento. Essa análise consiste da primeira reflexão a respeito do tema feita no movimento espírita. Propomos duas ações: 1) evitar o uso da palavra magnetismo e 2) esclarecer sua prescindibilidade sob a luz do Espiritismo. As principais razões são: i) no ponto de vista científico, a palavra magnetismo se refere apenas ao fenômeno material da interação entre cargas elétricas que se movem umas com relação às outras; ii) no ponto de vista espírita, é possível verificar que os termos e conceitos próprios da Doutrina Espírita são suficientes para a explicação de todos os fenômenos espíritas. Veremos que Kardec já tinha consciência da inexatidão do uso da palavra magnetismo é a só a utilizou em função da aceitação da sua época, o que não existe nem ocorre em nossa época atual.

Artigo 010205

• Magnetismo ou Espiritismo? Parte II: Reflexões em torno da palavra magnetismo no movimento espírita

Alexandre Fontes da Fonseca

Publicado online em 01 de Junho de 2018.

Trabalho apresentado no 13o ENLIHPE, ocorrido nos dias 26 e 27 de agosto de 2017, com apoio da USE e CCDPE.

Artigo número: 010205 - [Resumo - PDF (1215 Kb) - DOI: http://dx.doi.org/10.22568/jee.v6.artn.010205].

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Na parte I deste estudo [JEE 6, 010204 (2018)], propusemos uma reflexão a respeito do uso da palavra magnetismo pelo movimento espírita. Propusemos que se evite o uso desse termo em razão da Ciência não reconhecer mais o conceito de magnetismo animal como proposto por Mesmer, e porque o Espiritismo prescinde desse termo em suas explicações dos fenômenos espíritas. Aqui, complementamos as reflexões realizadas na parte I analisando algumas questões que essa proposta suscita. Lembramos que o movimento espírita brasileiro já fez isso de propor que se evite o uso de determinadas palavras presentes nas obras da codificação cujos significados, na atualidade, não representam a mensagem do Espiritismo. Mostramos, com base em comentários do próprio Kardec, que o Espiritismo não é, de fato, uma ciência irmã gêmea do Magnetismo. Essas e outras questões são analisadas de modo a esclarecer o Leitor da importância desta reflexão para a valorização da Doutrina Espírita.

Artigo 010206

• Precursores do Espiritismo: Espíritos em estátuas e comparação entre princípios presentes na Doutrina Espírita e nos clássicos de Homero e Virgílio

Arthur F. Ramos e Liszt Rangel

Publicado online em 09 de Agosto de 2018.

Artigo número: 010206 - [Resumo - PDF (979 Kb) - DOI: http://dx.doi.org/10.22568/jee.v6.artn.010206].

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Uma das grandes forças da Doutrina Espírita é, sem dúvida, a universalidade dos princípios nela encontrados. Essa universalidade implica que os fenômenos espíritas não são frutos da imaginação humana, mas sim princípios presentes na natureza. Por pertencerem à natureza, Allan Kardec indica que devem estar presentes em todas as épocas da Humanidade. Por isso, Kardec dedica parte de suas pesquisas para apontar que já existiam sistemas antigos que incorporavam de forma latente esses princípios. Além de Kardec, outros pesquisadores espíritas eminentes, como Herculano Pires, deram contribuições importantes sobre esse tema. Nesse contexto, o objetivo desse trabalho é contribuir com essa área tão relevante da pesquisa espírita. O trabalho será focado em duas frentes. A primeira é inspirada no artigo A floresta de Dodona e a estátua de Mémnon, publicado na Revista Espírita de 1858, no qual Kardec postula que as estátuas mágicas da antiguidade podiam ser fenômenos legítimos causados por Espíritos batedores. Esse trabalho irá analisar textos antigos que corroboram essa visão. Já a segunda frente irá fazer um comparativo entre os princípios presentes na Doutrina e as crenças encontradas nas obras de Homero e Virgílio. Será mostrado uma grande quantidade de concordâncias, principalmente no pensamento de Virgílio. Essas duas frentes juntas mostram a dificuldade em explicar tantas semelhanças através de meras coincidências, fortalecendo, portanto, o argumento que os fenômenos e os princípios estão presentes nas diversas épocas da Humanidade.

Artigo 010207

• Fenomenologia das Visões do Leito de Morte: em direção a um consenso sobre a sobrevivência da alma

Ademir Xavier Jr.

Publicado online em 16 de Agosto de 2018.

Artigo número: 010207 - [Resumo - PDF (1129 Kb) - DOI: http://dx.doi.org/10.22568/jee.v6.artn.010207].

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Neste trabalho, é feito levantamento bibliográfico e apresentação da fenomenologia em torno das chamadas “visões de leito de morte” que surgiram a partir de investigações de E. Bozzano e W. Barrett no início do Século XX. Argumenta-se adicionalmente que, ainda que escassas ou fracas contra argumentações céticas existam a respeito de VLM e inúmeros sejam os relatos contemporâneos e históricos, ela é sistematicamente desprezada do ponto de vista acadêmico. VLMs constituem assim uma das mais fortes evidências a favor da sobrevivência da alma, considerando as dificuldades em enquadrá-las como meras alucinações.