Rhynchocephalia

O grupo que quase desapareceu do planeta

Os rincocefálios são representados atualmente por duas espécies de tuatara (Sphenodon punctatus e S. guntheri) da Nova Zelândia. Juntamente com as serpentes e os lagartos (Squamata), fazem parte do clado Lepidosauria representados por mais de 10.000 espécies (mais de 96% de todos os répteis atuais).No entanto, durante o início do mesozóico, os rincocefálios eram os membros mais diversos e amplamente distribuídos da Lepidosauria.

As formas do Triássico eram pequenas (15-35 cm de comprimento) e com dentição acrodonte e pleurodonte, já para o Jurássico e Cretáceo os rincocefálios incluíam pequenos animais terrestres até formas marinhas de 1,5 m de comprimento. Também os diferentes grupos apresentavam distintos tipos de dieta, desde insetívoros até herbívoros. Ao final do Cretáceo os rincocefálios declinaram, talvez pela radiação de pequenos mamíferos e de pequenos Squamata.

A amplitude estratigráfica de Rhynchocephalia vai do topo do Triássico Médio (Ladiniano) até a atualidade. O seu registro fóssil conta com mais de 50 taxa, os quais foram os componentes mais abundantes das faunas de microvertebrados durante o Triássico e o Jurássico, formando um grupo cosmopolita e bem diversificado.

O registro sulamericano dos rincocefálios no Mesozoico vai do Triássico Superior (Carniano-Noriano) até o Cretáceo.No Rio Grande do Sul, encontram-se duas das espécies com registros mais antigos, Clevosaurus brasilensis Bonaparte e Sues 2006 (Zona de Associação de Riograndia, do topo da Sequência Candelária), de idade Noriana, e Clevosaurus hadroprodon Hsiou et al. 2019 (Zona de Associação de Hyperodapedon, base da Sequência Candelária da Supersequência Santa Maria) de idade Carniana. Ambas as espécies são encontradas no município de Candelária.


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