Massetognathus ochagaviae

O mais abundante traversodontideo

O gênero “Massetognathus” vem do grego “masseter” que significa” um que mastiga” e “gnathos” que significa “mandíbula”; já a espécie “ochagaviae” é uma homenagem a Valdor Ochagavia da Costa, preparador de fósseis do Laboratório de Paleontologia de Vertebrados na época da descrição.

FICHA TÉCNICA

Classificação: Amniota; Sinapsida; Cynodontia; Cynognathia; Traversodontidae

Alimentação: Herbívoro

Comprimento: por volta de 1 metro

Peso: menos de 10 kg

Época: Triássico Médio-Superior, aproximadamente 240 Ma (Ladiniano-Carniano).

Distribuição: Brasil

Sítios onde foram encontrados: Região de Pinheiro e Região de Bom Retiro (Sanga Pascual e Sanga Hintz) (ver MAPA).

Massetognathus foi um traversodontideo muito comum no Triássico Médio do Brasil e Argentina, sendo o herbívoro dominante em muitos locais em que são encontrados. Como todos os traversodontideos possui os dentes pós caninos alargados e com uma superfície para corte e uma para moer o alimento. Dentro do gênero podem ocorrer animais pequenos, com o crânio com 10cm até animais muito maiores, com o crânio com mais de 30cm.

O gênero foi descrito primeiramente na Argentina, onde é muito abundante nas camadas em que é encontrado, sendo registrado no Brasil em 1974 pelo professor Barberena que criou uma nova espécie, exclusivamente brasileira, o Massetognathus ochagaviae. Além da espécie brasileira, existe também uma única ocorrência da espécie argentina no RS, o Massetognathus pascuali, coletado na região de Pinheiros. Também na região de Pinheiros, em 2004, foi coletado um bloco com vários materiais relacionados com esta espécie, incluindo 6 crânios, atualmente o bloco está em exposição no Museu Municipal Aristides Carlos Rodrigues, em Candelária. A espécie brasileira é bastante similar com a especie argentina, sendo diferenciada por poucas características, entre essas a borda dos dentes pós-caninos superiores em forma de triângulo.