GPETE

GRUPO DE PESQUISA ESPAÇO, TEMPO E EDUCAÇÃO

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O Grupo de Pesquisa Espaço, Tempo e Educação (GPETE) desenvolve estudos e pesquisas comprometidos com a produção da ciência, por meio da investigação de questões problemáticas, cujo contexto implica cotidianidades, territorialidades e educação. A relevância está em olhar para a região, visibilizar e investigar os problemas, compreender os fenômenos e contribuir com processos alternativos contra-hegemônicos.

Nesse complexo, o cotidiano, o território e a educação são entendidos como constitutivos da espaço-temporalidade produtora de mundo. Envolvem processos educacionais e noções conceituais que dialogam com possibilidades investigativas, abarcando no âmbito dos espaços formais de educação, teorias, conhecimentos, métodos e metodologias. Compreende pesquisas envolvendo noções, dimensões e interações espaço-temporais e, a escola e os processos de ensinar e aprender, enquanto elos fundamentais de desenvolvimento do gênero humano, compreendido como um fenômeno histórico-cultural. Considera, também, a interlocução com espaços não formais de educação, visto que envolvem processos formadores de humanidade.

O grupo tem como elo e assento a “materialidade” das relações humanas, na vida e na educação, por isso o lugar e a cotidianidade são assumidos como “terra fértil” à pesquisa. Considera que viver é ser produto e produtor de espaço-tempo. Compreende construções geográficas e históricas, movimentos do mundo da vida e processos de construção de conhecimentos e de aprendizagens no contexto educacional.

A noção de lugar envolve não um “romantismo de uma identidade coletiva preconcebida ou de uma eternidade das montanhas. Ao contrário, o que é especial sobre o lugar é, precisamente, esse acabar juntos, o inevitável desafio de negociar um aqui-e-agora (ele mesmo extraído de uma história e de uma geografia de “entãos” e “lás”), e a negociação que deve acontecer dentro e entre ambos, o humano e o não humano” (MASSEY, 2008). As cotidianidades constituem os lugares. O cotidiano é a coetaneidade do lugar e o complexo que compõe a “arquitetônica espaço-temporal” (ANDREIS, 2014) de sentidos dos sujeitos, dispositivos às relações com os significados conceituais.

O grupo entende que o cotidiano é o aquilo que, de modo singular e indissociável, compreendemos e enunciamos. Abarca uma generalidade que permite compreender, de modo abrangente, determinados elementos que compõem a vida das “pessoas” e suas relações. Cotidiano é inerente a qualquer dimensão humana - na arte, na ciência e na vida e se realiza como espaço-tempo, porque criador e cria, é espaço social, ou seja, é espaço geográfico, indepassavelmente implicado em tempo.

Nessa compreensão, o grupo assume que o cotidiano compreende relações que são realizadas onde-quando se realizam os atos-eventos da vida; que envolve a dimensão coletiva e individual, e é condição de construção de mundo; e que é permanentemente, elaboração dos sujeitos, assumido como dispositivo para provocar o novo, na vida, na ciência e na educação, visto que, compreende relações em que vão sendo construídas e servem como confroencontro com a tradição.

Ao afirmar esse entendimento, o grupo se dedica a estudar processos humanos, reconhecendo as relações diretas e indiretas com as quais os sujeitos interagem de forma dinâmica e complexa, heterogênica e hierarquicamente todos os dias, independentemente do seu grau de consciência ou identificação. Um processo que é construído permanentemente por meio de “redes de ideias sobre que servem como dispositivos para as relações que esse sujeito realiza". Uma espécie de afastamento não apenas contemplativo, mas interativo porque abriga as compreensões do sujeito” enquanto dispositivo aberto às relações espontâneas e intencionadas, sempre possíveis de serem construídas. Por isso, envolve a “arquitetônica espacial” de cada sujeito singular e de natureza social, como elaboração dialógica complexa, que é sempre confroencontro inacabado-inacabável, ou seja, vivo como é o espaço-tempo em construção.

Nesse complexo, envolve, também, a educação escolar e universitária, especialmente na área que se dedica a pesquisar o ensino e as políticas educacionais, um referente quase que obrigatório nas arguições. Na aula, na escola, esse é o entendimento de cotidiano que é importante ser assumido. Essa cotidianidade é assumida como pressuposto fundamental, na produção do espaço-tempo e na educação, pois as relações com os significados conceituais são construídas num processo de confroencontro dialógico, que se referência em relações com sua “arquitetônica espacial”, que tem implicadas relações de força, o que remente à territorialidade, também em investigação pelo grupo de pesquisa.

Compreendemos que “as forças sociais efetivam o território”. Os seres humanos, a partir das relações que estabelecem uns com os outros e com sua natureza externa, visando produzir as condições concretas (objetivas e subjetivas) para sua sobrevivência biológica e social, seja apropriação (abrigo, valor de uso) e/ou dominação (funcional, valor de troca), imprimem e reimprimem no espaço-tempo um conjunto de territorialidades distintas, expressando multiplicidade, coetaneidade e contradição. O território, desta forma, resulta do movimento de territorialização enquanto “o acontecer de todas as atividades, seja no espaço do trabalho, do lazer, da igreja, da família, da escola etc.” (SAQUET, 2013, p. 127-129), podendo ser [ou não] induzidas e produzidas por agentes públicos, privados e das organizações coletivas da sociedade. Território entendido, com base nos estudos de Santos (2006), Saquet (2009; 2013) e Haesbaert (2006; 2014), como espaço ocupado, usado, produzido e delimitado a partir das relações de poder, este que é multidimensional e multiescalar, material e imaterial ao mesmo tempo.

Interessa-nos, por meio das pesquisas, ampliar compreensões acerca da multiplicidade de territórios existentes em um dado recorte espaço-temporal, mas também sobre as possibilidades de vivermos e experimentarmos vários territórios ao mesmo tempo enquanto territorialização-múltipla, ou seja, compreendendo as (re)existências de/em territórios-rede ou multiterritorialidades. Assim, também, os processos de des-re-territorialização, as violências (físicas e simbólicas) das forças verticalizadas e as resistências humanas produzidas desde abaixo, saberes e práticas horizontalizadas. Experiências contra-hegemônicas produtoras de territorialidades alternativas [e de esperança] ao modelo de desenvolvimento econômico e humano hegemônico na/da sociedade do capital.

Nos parâmetros deste grupo de pesquisa, a educação e a educação escolar de modo particular é, antes de tudo, fator precípuo de desenvolvimento humano. É, corroborando com Saviani (2003), espaço-tempo de ocorrência do trabalho educativo que, por sua vez, constitui-se como ato, como ação intencional, deliberada, objetiva, de produção da humanidade, que é de todos, em cada indivíduo singular.

Sob este prisma, estudar as características da vida cotidiana e as relações reproduções dessas características no âmbito do trabalho educativo demanda mais que um olhar atento ao movimento dialético dos processos educacionais, uma postura crítica, uma atitude epistemológica alicerçada na concreticidade dos fenômenos pesquisados que implica, também, uma teoria critica forte. O cotidiano ou a cotidianidade e suas relações com a educação em geral e com a educação escolar em particular, são apreendidos, no âmbito deste grupo de pesquisa, a partir de sua dialeticidade histórica. O que significa ver a educação em geral e a educação escolar em particular, como processos que resultam de objetivações humanas (relações sociais, de trabalho, produção, classe social, mais amplas) ao mesmo tempo em que se constitui elemento de subjetivação (no âmbito do indivíduo, da subjetividade, da particularidade) igualmente histórica e cultural. sendo a vida cotidiana (Heller) o lugar privilegiado de apropriação do processo histórico, isto é, de apropriação das objetivações e subjetivações históricas, e sendo a educação um tempo-espaço destinado a intencionar tais processos a partir da socialização de artefatos simbólicos (conhecimento) objetivados pelo gênero humano que, no seu interior se transformam em elementos fundamentais de desenvolvimento humano, tomar a educação e o cotidiano como fenômenos de pesquisa, implica vê-los, ambos, desde uma concepção superadora das tradicionais fragmentações presentes na pesquisa da área.

No âmbito da pesquisa, especificamente, ocupa-se de temáticas coordenadas ou orientados por professores membros das linhas de pesquisa, com enfoque no fortalecimento do objeto relacionado com as questões envolvidas na relação entre espaço, tempo e educação. Entrelaçados, esses aspectos abrigam estudos e investigações dos principais propositores pesquisadores, concentrando as atividades dos professores doutores: Adriana Maria Andreis e Helena Copetti Callai na linha 1 “Lugar e cotidiano, espaço-tempo glocal e educação”; e Willian Simões na Linha 2 “Territorialidades das juventudes, trabalho e escola”.

A importância da pesquisa no âmbito regional, enquanto valorização, reconhecimento de singularidades constitutivas da construção do espaço-tempo local e global. Essas dimensões, implicadas nas linhas de pesquisa, estão comprometidas com o desenvolvimento da pesquisa e da educação (básica e superior) na região, com o desenvolvimento de processos educativos humanizadores ou formativos em espaços não formais, que se dão no seio dos movimentos sociais e suas pedagogias. Nesse sentido, o grupo, por meio dos enfoques: Lugar e cotidiano, espaço-tempo glocal e educação, Cotidiano, conhecimento e educação escolar e Territorialidades das juventudes, trabalho e escola, envolve-se com questões que entrecruzam pesquisa, ensino e extensão, características da universidade, cujo caráter se baseia em pressupostos humanos e coletivos.

Objetivo do GPETE

Investigar noções, dimensões e interações, implicadas espaço-temporalmente às cotidianidades, às territorialidades e a educação, no que tange as temáticas definidas nas linhas de pesquisa.

Identificação do Grupo de Pesquisa

Líder do Grupo

Vice-líder do Grupo

Profa. Dra. Adriana Andreis

Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) Campus Chapecó (SC)

Prof. Dr. William Simões

Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) Campus Chapecó (SC)


Área de conhecimento (CNPQ): Ciências Humanas

Sub-área do conhecimento (CNPQ): Educação.

Nossa Identidade Visual

A logo do GPETE expressa círculos com cores, dimensões e disposições singulares, remetendo à ideia de onda, em formato espiral prospectivo-reflexiva. No movimento de ir e vir, reflete e refrata ideias, numa dinâmica que, concomitantemente, expressa as singularidades do grupo e retorna agregando transformações pelo diálogo multiescalar. Nesse vai-volta, fortalece o conhecimento pela pesquisa enquanto interlocução dialético-dialógica lugar-mundo-lugar. Esse complexo relacional abarca as noções de Espaço, Tempo e Educação, assumidas enquanto perspectivas singulares e entrecruzadas, denotando a confluência epistemológica alicerçada em processos que co-implicam investigações dotadas de rigorosidade científico-acadêmica, também comprometidas com o ensino e a extensão. A imagem visibiliza a multiplicidade coexistente, a multiescalaridade, as diversidades e os princípio relacional, aberto e sempre em construção, tanto dos sujeitos que o constituem, como dos pressupostos teóricos e metodológicos nele abrigados.

Instituições envolvidas com o GPETE

Sede Institucional: Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) Campus Chapecó (SC)

Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) Campus Cerro Largo (RS)


Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ)

Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) Campus São Lourenço do Oeste (SC)

Instituto Federal Catarinense (IFC) Campus Concórdia (SC)


Secretaria de Estado da Educação - SED (SC)

Secretaria Municipal de Educação de Chapecó (SC)


Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR)

Secretaria Municipal de Educação de Concórdia (SC)

Universidade Comunitária da Região de Chapecó-UNOCHAPECÓ