Projetos

Conheça os projetos de pesquisa, ensino, extensão e culturais desenvolvidos por integrantes do GPETE!

Projeto Guarda-chuva

Espaço, tempo e educação em pesquisa

Este projeto é guarda-chuva e abarca pesquisas que visem problematizar noções, dimensões e interações, implicadas espaço-temporalmente, em diálogo com às cotidianidades, com às territorialidades e/ou com a educação. Nesse sentido, implica subprojetos que se dediquem a investigar questões que priorizem temas implicados nesses âmbitos, com assento que considere o mundo da vida, da arte, da ciência e da educação, como produto-produtores de espaço-tempo geográfico e histórico, múltiplo, relacional e sempre em construção. A par desses pressupostos, admite estudos que tensionem a produção do espaço-tempo, perpassando categorias e conceitos e considerando noções, dimensões e interações como, cotidiano, lugar, território, paisagem, região, fronteiras, natureza e sociedade, por meio do reconhecimento das relações, distâncias, movimentos, redes e escalas, e/ou investigações em diálogo com os processos e as políticas educacionais. Compreende pesquisas bibliográficas, documentais e empíricas, envolvendo estudos que contemplem relações locais e regionais em diálogo com o global.

Coordenação: Adriana Maria Andreis e Willian Simões.

Integrantes: Daniel Dalla Zen, Alex Junior Rapczynski, Evandro Rodrigo Perin, Elisabete Dal Piva, Tatiane Ribeiro, Daiane Kunzler, Roseclei Aparecida da Costa Petry, Greti Pavani, Karin Berwanger, Eduardo Cesar da Costa, Gerson Junior Naibo, Marlene Tirlei Koldehoff Lauermann, Roberta Schmith e Angelita Schmitt.

Subprojetos

Política educacional brasileira e a coetaneidade do espaço geográfico: a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) no contexto da pandemia Covid-19

Os documentos da política educacional são orientadores e regulamentadores das práxis na Educação Básica (EB). Atendem o território nacional e os lugares específicos, constituídos de multiplicidades coexistentes, compreendendo a coetaneidade do espaço geográfico. Necessitam, portanto, ter relativa estabilidade enquanto dispositivos exequíveis no país e nos respectivos lugares, considerando, também, o complexo internacional. Ao encontro desses aspectos, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC, 2018) é um documento normatizador estruturante do currículo das escolas de EB. Torna-se importante pesquisar o caráter de universalidade dos documentos de política pública, estudando a factibilidade das deliberações regionais, nacionais e globais e a exequibilidade da BNCC, em contextos de mudanças espaço-temporais, devidas a pandemia COVID-19. Nesse complexo, persegue-se a resposta à interrogação: A política pública educacional brasileira estudada em diálogo com o documento da BNCC que alicerça o currículo das escolas de Educação Básica, apreende princípios de universalidade e consideração das especificidades espaço-temporais, no contexto coetâneo da pandemia? Assim, em geral, o objetivo da pesquisa envolve compreender desafios e possibilidades das políticas públicas educacionais brasileiras no espaço geográfico coetâneo. A metodologia proposta é pesquisa bibliográfica de caráter teórico, aportada nas áreas da Educação e da Geografia, e pesquisa documental pautada nos critérios da Análise Textual Discursiva (ATD). Os resultados previstos envolvem o estudo rigoroso teórico e documental do conteúdo impresso na BNCC e, de modo contundente, o resultado contundente esperado, envolve apresentar lacunas obstaculizadoras e possibilidades alternativas da política pública educacional brasileira, por meio do estudo BNCC, ao desenvolvimento das práxis curriculares na EB em contexto de exceção como o da Pandemia COVID-19 . O projeto conta com fomento da UFFS/SC e bolsista de IC.

Tipo de projeto: Pesquisa.

Coordenação: Adriana Maria Andreis.

Integrantes: Carina Copatti, Eduardo Cesar da Costa e Marlene Tirlei Koldehoff Lauermann.

Investigar o lugar para compreender o mundo: um estudo com o Ensino Médio

Investigar o lugar é pressuposto para compreender o mundo, porque há um sentido global de lugar. O lugar envolve o cotidiano que, permanente, constrói espaço geográfico. Nesse movimento é elo às aprendizagens significativas, que podem ser potencializadas pela relação entre graduação e pós-graduação na universidade, com a escola de Educação Básica (EB). Esta proposta de pesquisa, dialoga com o Plano Institucional da UFFS/SC, e compreende a consolidação do Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGGeo) da universidade, especialmente, com a área de concentração Dinâmicas do espaço geográfico e com os objetivos da linha de pesquisa Dinâmicas e desigualdades territoriais, pois enfatiza a dimensão social do espaço geográfico. Também, compreende a linha de pesquisa ?Lugar e cotidiano, espaço-tempo glocal e educação? do Grupo de Pesquisa Espaço, Tempo e Educação (GPETE) da UFFS/SC certificado pelo CNPQ,. Agrega-se aos princípios do projeto internacional ?Nós Propomos!?, coordenado por Portugal e em atividade na Colômbia, Espanha, Brasil, México, Perú e Moçambique. Pois, envolve possibilidades de enfrentamento, na universidade e na escola, de desafios como: entendimento das relações entre realidade espaço-temporal regional e pesquisa cientifica; coadunação entre pesquisa, ensino e extensão, graduação e pós-graduação, e estes com a Educação Básica; significações conceituais na educação universitária e escolar. Encara aprendizagens de processos de aprendizagem da sistematização e teorização. Compreende coordenação pela universidade em diálogo também com professores e estudantes do Ensino Médio (EM) da EB, com os quais e em interlocução com os conteúdos acadêmicos e disciplinares, estudam-se e desenvolvem-se atividades identificando e estudando problemas da realidade do lugar, e propondo encaminhamentos alternativos aos obstáculos detectados. Assim, o objetivo geral deste subprojeto envolve, investigar a realidade do lugar, com vistas a detectar, estudar e prospectar alternativas aos problemas locais, e reconhecer a importância da pesquisa científico-acadêmica do cotidiano na resolução de problemas do lugar, integrando graduação, pós-graduação e escola, e envolvendo pesquisa, ensino e extensão. Tem etapas como: estudo dos documentos das políticas educacionais e da legislação municipal e regional, pesquisa das noções conceituais espaço-temporais, de problemas do lugar, trabalho de campo, estudo de noções conceituais, e apresentação de propostas alternativas, aos problemas concretos. Envolve pesquisa bibliográfica, e estudo de documentos que compreendem a gestão territorial urbana e regional. No campo empírico, pesquisa o lugar, para estudar problemas locais. Essa pesquisa aliada ao ensino e extensão, promovem a aprendizagem do processo investigativo, pela integração entre graduação e pós-graduação na universidade, com a escola. O forte resultado científico esperado da pesquisa, compreende identificação e estudo de problemas do lugar, e prospecção de percursos alternativos.

Tipo de projeto: Pesquisa.

Coordenação: Adriana Maria Andreis

Integrantes: Luiz Fernando Kavalerski, Tatiane Ribeiro, Carina Copatti, Marcia Damasio e Eduardo Cesar da Costa.

Encerrado.

Programa Residência Pedagógica: subprojeto Geografia UFFS

As escolas selecionadas como campos à Residência Pedagógica, no núcleo Geografia, vinculado a UFFS nos municípios de Chapecó/SC e Erechim/RS, compreendem comunidades que têm proximidades enquanto contexto histórico e geográfico. Essa realidade implica relações campo-cidade fortemente marcadas por abordagens e atividades em interação rural-urbano permeadas pela produção agroindustrial. Envolvem realidades que denotam demandas formativas iniciais e continuadas de professores para atuar na Educação Básica, especialmente nas Ciências Humanas. Isso, porque, em muitos casos, os professores que lecionam Geografia não são formados na área, ou, quando o são, não têm formação adequada para cumprir o que determinam os PCN e a BNCC. Há, assim, um déficit não somente quantitativo, mas também qualitativo no que tange aos professores de Geografia. Na região de abrangência da Universidade, e sobretudo nas microrregiões dos municípios envolvidos no subprojeto Geografia UFFS, há, portanto, necessidade de uma formação qualificada, no sentido de ser pautada em conhecimentos conceituais como oferecimento geográfico à leitura do mundo e à prática da cidadania. Nesse sentido, dialogam com os PPC do curso de Geografia da UFFS (campi RS e SC) assentados no PDI da universidade, expressando a relevância do comprometimento com a formação de cidadãos conscientes e empenhados com o desenvolvimento sustentável e solidário da Região Sul do País, mais especificamente a mesorregião denominada, pelo Ministério da Integração Nacional, de “Grande Fronteira do Mercosul”. Esse processo compreende a educação como um espaço de formação de indivíduos críticos e reflexivos, tendo como propósito superar a perspectiva de um ensino tecnicista e supostamente neutro do ponto de vista ideológico, voltado principalmente para a (re)produção de mão de obra especializada. Especificamente, o subprojeto Geografia, envolve duas escolas do estado de SC e uma escola do estado do RS. As escolas em Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, oferecem Ensino Fundamental e Médio, atuando no matutino, vespertino e noturno. Também, essas escolas acolhem alunos de diferentes bairros e inclusive do campo. São instituições públicas da Rede Estadual de Educação de ambos os estados brasileiros. Apesar de ser escolas localizadas na cidade, o público de alunos é heterogêneo do ponto de vista socioeconômico, recebendo muitos estudantes dos bairros periféricos e da área rural. Portanto, apreendem demandas educativas básicas às aprendizagens capacitadoras à construção da cidadania dos sujeitos do Ensino Fundamental (EF) e do Ensino Médio (EM).

Tipo de projeto: Ensino.

Coordenação: Adriana Maria Andreis

Integrantes: Willian Simões e Reginaldo José de Souza.

Grupo de Estudos LUGAR - Lugar e Cotidiano, Espaço-Tempo Global e Educação

O grupo tem como elo e assento a “materialidade” das relações humanas, na vida e na educação, por isso o lugar e a cotidianidade são assumidos como “terra fértil” à pesquisa. Considera que viver é ser produto e produtor de espaço-tempo. Compreende construções geográficas e históricas, movimentos do mundo da vida e processos de construção de conhecimentos e de aprendizagens no contexto educacional. A noção de lugar envolve não um “romantismo de uma identidade coletiva preconcebida ou de uma eternidade das montanhas. Ao contrário, o que é especial sobre o lugar é, precisamente, esse acabar juntos, o inevitável desafio de negociar um aqui-e-agora (ele mesmo extraído de uma história e de uma geografia de “entãos” e “lás”), e a negociação que deve acontecer dentro e entre ambos, o humano e o não humano” (MASSEY, 2008). As cotidianidades constituem os lugares. O cotidiano é a coetaneidade do lugar e o complexo que compõe a “arquitetônica espaço-temporal” (ANDREIS, 2014) de sentidos dos sujeitos, dispositivos às relações com os significados conceituais.

Tipo de projeto: Ensino.

Coordenação: Adriana Maria Andreis.

Participantes: Carina Copatti, Helena Copetti Callai, Cláudia Eliane Ilgenfritz Toso Karin Berwanger, Ademar Graeff, Alana Rigo Deon, Daiane de Fatima Wagner Kunzler, Roseclei Aparecida Dacosta Petry, Alex Júnior Rapczynski, Greti Aparecida Pavani, Gerson Junior Naibo, Elisabete do Carmo Dal Piva, Tatiane Ribeiro, Marlene Tirlei Koldenhoff, Angelita Schmitt e Roberta Schmith

Projeto de formação continuada de professores da Educação Básica da região da AMOSC

O presente projeto tem como objetivo geral o desenvolvimento de ações com vistas à formação continuada de professores das redes municipais de ensino da Região da AMOSC, a partir de um contexto de tradução e recontextualização de documento curricular regional elaborado ao longo do ano de 2018-2019 em diálogo com a Base Nacional Comum Curricular aprovado pelo Conselho Nacional de Educação e do Currículo Base do Território Catarinense aprovado junto ao Conselho Estadual de Educação de Santa Catarina. As ações consistem em oficinas pedagógicas interdisciplinares centralizadas no âmbito da UFFS (40 horas), assim como a realização de paradas pedagógicas para estudos (12 horas), elaboração, desenvolvimento e registro de experiências pedagógicas (08 horas) no âmbito das escolas envolvidas. Trata-se de um trabalho que ocorrerá ao longo do ano de 2020 e compreende um universo de 20 municípios e mais de 500 professores que atuam nos anos iniciais e finais da educação básica da região supramencionada. Neste trabalho, o presente projeto contará inicialmente com a participação ativa de aproximadamente 11 docentes das Licenciaturas e estruturas da UFFS, Campus Chapecó-SC. Pretende-se somar no processo, a participação de estudantes das licenciaturas. Assim, também, contará com a participação de aproximadamente 30 professores da educação básica que irão compor o que estamos denominando de Grupos de Formação. O percurso formativo se estrutura em três eixos: 1. Planejamento interdisciplinar; 2. Práticas educativas e; 3. Avaliação formativa. Espera-se que este projeto de formação continuada possa contribuir para: a) ampliar conhecimentos dos professores da educação básica a respeito do lugar e do papel do planejamento e as possibilidades de trabalho interdisciplinar; b) fomentar a realização de práticas educativas nas escolas que oportunizem observar de modo mais sistemático a relação entre teoria e prática [ou seja, que a prática docente é materialidade do planejamento que, por sua vez, consiste no currículo em ação]; c) ampliar compreensões a respeito da noção de avaliação formativa; d) proporcionar momentos de leitura e estudo dos documentos de orientação curricular vigentes; e) oportunizar que o/a professor/a possa registrar e refletir sistematicamente a respeito do movimento que envolve a elaboração de um plano de trabalho docente e sua materialidade prática na relação com os estudantes. Objetivos geral: Ofertar ações de formação continuada de professores visando estudo e implementação de documento curricular regional elaborado no âmbito da Associação dos Municípios do Oeste de Santa Catarina.

Tipo de projeto: Extensão.

Coordenação: Willian Simões.

Participantes: Adriana Maria Andreis, Carina Copatti e Sabhrina Frigeri.


Novo Ensino Médio em Santa Catarina: contexto, ações e suas implicações acerca do lugar e do papel pedagógico da Geografia no currículo da educação básica

No ano de 2017, o congresso nacional aprovou, por indução do Ministério da Educação, a Lei. 13.415/2017 que dispões sobre o hoje intitulado “Novo Ensino Médio”. Em 2018, o Conselho Nacional de Educação atualizou as Diretrizes Curriculares Nacionais deste nível de ensino, deliberando alterações que podem ser consideradas significativas para o ordenamento dos currículos escolares. Concomitantemente a este movimento, este mesmo conselho aprovou uma Base Nacional Comum Curricular para o Ensino Médio em que as disciplinas compreendidas como componentes da área de Ciências Humanas (Sociologia, Filosofia, História e Geografia), muito embora contempladas no texto de política, passaram a não ser mais entendidas como de oferta obrigatória nos currículos escolares deste nível de ensino. Tal cenário foi marcado pela presença de atores e discursos destoantes (a exemplo de intelectuais ligados à Associação Nacional de Pós-Graduação em Educação (ANPED) e o movimento Todos pela Educação, composto por representações do mundo empresarial e financeiro) e diferentes cenários de conflito, a exemplo das ocupações secundaristas nas escolas públicas e movimentos de rua. Em 2019, a Secretaria de Estado da Educação de Santa Catarina deu início ao processo de implantação deste Novo Ensino Médio em 120 escolas-piloto e vem trabalhando na elaboração de um texto de orientação curricular intitulado Currículo do Território Catarinense, objetivando adequar sua proposta curricular às orientações da BNCC. Assim, o presente subprojeto de pesquisa tem como objetivo geral compreender o contexto de implantação do Novo Ensino Médio no estado de Santa Catarina e refletir sistematicamente suas implicações acerca do lugar pedagógico da Geografia nos currículos das escolas responsáveis pela formação das juventudes neste nível de ensino. Nesse sentido, pretende-se trilhar estudos documentais, bibliográficos e de páginas dispostas no ciberespaço que permitam traçar elementos acerca do contexto de influência em que emerge uma proposta de Novo Ensino Médio no Brasil e seu redesenho em Santa Catarina. Assim, também, cartografar por meio de documentos públicos (a exemplo dos Projetos Políticos Pedagógicos), as principais mudanças em contexto de prática a respeito do ordenamento da oferta dos componentes da área de Ciências Humanas, em particular, da oferta do componente de Geografia nas novas matrizes curriculares das escolas-piloto supramencionadas. Por fim, pretende-se, também, estudar e refletir sistematicamente as orientações pedagógicas dispostas no Currículo do Território Catarinense com vistas a qualificar o debate acerca do lugar e o potencial pedagógico desta área do conhecimento na formação das juventudes a partir dos pressupostos político-pedagógicos que sustentam a BNCC. Em escala regional, objetivando contemplar uma abordagem qualitativa, almeja-se estabelecer um diálogo com professores e gestores de escolas de ensino médio do Oeste de Santa Catarina visando apreender vozes que permitam evidenciar em que medida estes atores participaram do processo de construção deste Novo Ensino Médio no estado, quais são suas expectativas e visões acerca desta proposta, assim como quais desdobramentos já podem ser vivenciados no cotidiano da escola (ou seja, no contexto de prática).

Tipo de projeto: Pesquisa.

Coordenação: Willian Simões.

Integrantes: Ivonete Dalmédico Vanzela, Juliano André Deotti da Silva, Carlos Weinman e Rafael Willian Senger.

Ocupações secundaristas no Brasil em 2015 e 2016: Formação e auto-formação das/dos ocupas como sujeitos políticos

A pesquisa tem como tema os sujeitos que participaram das ocupações de escolas públicas de Ensino Médio, em diversos estados do Brasil, de novembro de 2015 a dezembro de 2016. Em relação a esses sujeitos, que se autodenominaram durante a ação coletiva como ocupas, a pesquisa tem como objetivo geral compreender os impactos da sua participação nas ocupações, tomada como um processo de formação política na sua re-constituição como sujeitos políticos, considerando dois fatores principais: a) a estrutura e a dinâmica das ocupações; b) as relações de cooperação e conflito entre ocupas e autoridades, gestão escolar, corpo docente e sociedade local (incluindo a mídia local). A formação de sujeitos políticos será concebida a partir da noção de subjetivação política, que compreende a construção das/dos adolescentes e jovens como sujeitos políticos como um processo complexo, criativo, tenso, relacional e sempre inconcluso, em que as/os adolescentes e jovens também são ativas/ativos e em parte se autoconstroem, tanto quanto se co-constroem em suas relações com adultos. A pesquisa busca compreender a efetividade e a generalidade daquilo que foi indicado pelo Seminário: Memorial das ocupações estudantis (coordenado pelo proponente desta pesquisa), a saber, o profundo impacto subjetivo causado nas/nos ocupas pelo processo de ocupação e pós-ocupação de suas escolas, que influenciou no seu processo de (auto)formação como sujeitos políticos. Entre os objetivos secundários, conhecer o impacto desse processo na trajetória escolar das/dos ocupas, analisar o mapa das ocupações de escolas e IES (Instituição de Educação Superior) em 2015 e 2016 e caracterizar a estrutura e a dinâmica das ocupações secundaristas, incluindo suas relações com as ocupações de IES. A pesquisa justifica-se, entre outros motivos, por: a possibilidade de conhecer mais profundamente um processo social ? um conjunto de ações coletivas ? de grande abrangência, que envolveu quase todas as unidades federativas do país; a possibilidade de conhecer os impactos em médio prazo desse processo social considerando também o ?pós-desocupação? - nos sujeitos envolvidos diretamente nele, do ponto de vista da sua formação política e trajetória escolar. Como metodologia, a ênfase em dados qualitativos, mas considerando a diversidade de cenários das ocupações: revisão bibliográfica de trabalhos acadêmicos sobre o movimento das ocupações de 2015 e 2016; levantamento de dados já existentes, incluindo os da revisão bibliográfica e de entidades como a UNE (União Nacional dos Estudantes) e a UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas), para um mapeamento das ocupações estudantis de 2015 e 2016; levantamento de ocupas para entrevistas, a partir de rede de contatos acadêmicos e políticos da equipe de pesquisa, no Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Ceará, Goiás e Pará; realização das entrevistas, de caráter semiestruturado, com estudantes que participaram ativamente das ocupações de escolas de ensino médio, para conhecer o impacto do movimento e do pós-desocupação em sua formação como sujeitos políticos; construção de textos de divulgação e/ou documentários com resultados parciais da pesquisa, para serem debatidos com atuais estudantes de ensino médio e jovens que foram ocupas; análise dos conteúdos desses debates, que poderão ser incorporados aos resultados construídos pela revisão bibliográfica, pelo mapeamento das ocupações e pelas entrevistas. Entre os resultados esperados, destacam-se: a construção de conhecimentos inovadores a respeito das ações coletivas e movimentos sociais, já que a ênfase é sobre os resultados em médio prazo, que intentam mergulhar nas subjetividades de adolescentes e jovens, acompanhando seu processo de autoconstituição como sujeitos políticos; a devolutiva de resultados da pesquisa também como ações de extensão.

Tipo de projeto: Pesquisa.

Coordenação: Willian Simões.

Integrantes: Gabriela Maria Pires e Gerson Júnior Naibo.

Encerrado.

Questão Agrária, Juventude Rural e Educação do Campo

Trata-se do desenvolvimento de estudos a respeito da atualidade da Questão Agrária Brasileira e de mapeamento permanente de experiências educativas/formativas promovidas pelos Movimentos Sociais e Entidades Coletivas (Via Campesina, Fetraf-Sul e Arcafar-Sul, por exemplo) voltadas à juventude rural na perspectiva da Educação do Campo, com vistas: evidenciar os propósitos das formações promovidas, o perfil do público atendido, a área de abrangência, os parceiros envolvidos, as intencionalidades político-pedagógicas, entre outros. Compreende, também, estudos voltados à juventude rural em situação de conflito pelo território e pela terra, permanência da juventude no campo e sucessão.

Tipo de projeto: Pesquisa.

Coordenação: Willian Simões.

Integrantes: Renata Hubner.

Geoartistas: Geografia em Arte, Arte em Geografia

Atividades de criação e representação de cenários e cenas tematizando questões relacionadas com o espaço geográfico, enquanto produto e produtor de lugar e de mundo, com acadêmicos da Licenciatura em Geografia da UFFS/SC. Compreende processos que envolvem conhecimentos conceituais geográficos e didático-pedagógicos, inerentes à formação do professor de Geografia.

Tipo de projeto: Cultural.

Coordenação: Adriana Maria Andreis.

Integrantes: Ademar Graeff, Shara Brunetto, Elenice Terezinha Thesing, Neimar Boettcher, Caroline Rubi Cardoso, Gabriela Rodrigues de Atayde, Jusselaine Rodrigues dos Santos, Rudimar Rothemam, Gerson Junior Naibo e Tiago Dalmora.