Mortes e Infectados a 2a onda

Fizemos aqui um ensaio para os dados da covid19 no tempo por estados. Os dados por municípios são poluídos pela falta de precisão das secretarias municipais de saúde. Desde maio, junho, julho, agosto, setembro, outubro e agora novembro, o estado de São Paulo desponta como um dos mais infectados no país, o que faz todo o sentido, devido ao tamanho da sua população.

No entanto, a falta de consistência em outros territórios como no Norte do país, e RJ e Ceará, mostram um comportamento estranho. Rapidamente reduzem seus números a partir de julho. os modelos preditivos apontam o aumento dos infectados e o pico apenas para outubro, e a partir daí os dados iriam sendo reduzidos.

Coincidentemente há dois ciclos políticos importantes. O primeiro foi em maio, quando começaram denúncias em relação a gastos de governos estaduais com a COVID19. Os governadores do Pará, Rio de Janeiro, Amazonas e Santa Catarina, foram alvo de operações da PF. O segundo ciclo começa em outubro com o acirramento da campanha eleitoral para prefeitos.

Podemos observar nos dados que houve uma redução dos números de infectados e mortos a partir de agosto, mas dados dos EUA e Europa apontam para uma segunda onda que deverá atingir o Brasil em janeiro/2020. Caso não houvesse eleição.

A eleição coloca em cheque a política da covid19, pois tirando capitais, a maioria das regiões possuem apenas poucas zonas eleitorais, filas e transporte público aos domingos rarefeitos. Isso tende a provocar um choque não transitório nos dados da covid19. Ligamos uma bomba relógio sanitária.