Covid e Eleições

eleições e covid

Enquanto a tendência de aceleração de mortes e casos no mundo é uma realidade, o Brasil parece seguir anestesiado. Um dos motivos desse aumento, por ex., nos EUA, conforme evidenciado nos gráficos ao lado, é o ciclo eleitoral, que movimenta toda a sociedade em uma corrida para eleição que me parece mais civilizada e mais acertada que a nossa. Explico...

Lá se pode votar nos correios e em outras sendas com uma boa antecedência, evitando-se com isso aglomerações e a corrida no dia da eleição. O que em alguns casos não parece ser ótimo, dado uma lógica baysiana. Afinal se toma uma decisão com um conjunto informacional menor. Mas atualmente, no surto da Covid19, me parece extremamente acertado. E deveria ser copiado com urgência no Brasil.

Aqui, pelo contrário, o número de mortes está muito colado com o dos EUA, mesmo a o contágio estando com um gap diário de 40 mil. Ou seja, nossa mortalidade está crescendo rápido.

Os dados de outubro e novembro não deixam dúvidas de que os casos estão longe de estabilizarem. Apenas SC, AP, e PE estão estáveis ou caindo.

As mortes desde o início indicam uma possível elevação em novembro para acima dos 50%, isso porque enfrentaremos eleições e a chegada da segunda onda tudo neste mês. E anestesiados pela estabilidade da situação, o país assiste atônito inclusive a discussão sobre vacina sair do âmbito técnico para o político. Pasmem, com uma naturalidade absurda.

Me arrependo amargamente já há algum tempo de não ter votado no Haddad. Politicamente achava que Bolsonaro era um anão sem voz, então pouco poderia prejudicar o macro para além do discurso. Me enganei redondamente. O PT só não fez o Brasil uma republica socialista porque não quis. Só não se perpetuou no poder porque não quis. Foi uma tremenda gestão entre 2002 e 2010. E esse fdp do Bolsonaro quer tudo isso, e chama quem denuncia de comunista.