FÓRUM DE ASSUNTOS ECOLÓGICOS DE BACABAL


O que é Fórum?

Na antiga Roma, o "forum" era a praça pública das localidades, onde ficavam os prédios destinados aos serviços administrativos e judiciais, e ainda, os principais pontos de comércio. Era a região de maior importância, o centro econômico, religioso, social e político de cada localidade. Ainda hoje se utiliza a palavra ‘fórum’ para fazer referência ao conjunto de espaços onde são administrados assuntos jurídicos.

Hoje, o ‘fórum’ é:

a) o edifício em que está sediado o Poder Judiciário, onde funcionam os tribunais

b) uma assembleia ou reunião que têm o objetivo de discutir um tema em comum.

Exemplo: O Fórum Social Mundial (FSM) é um evento que acontece todos os anos, e tem o objetivo de debater temas relacionados com o atual sistema capitalista-liberal das grandes multinacionais e os efeitos causados para o meio ambiente e as comunidades sociais.

1. Nome

Fórum Ecológico de Bacabal - FECOBAC

2. Participantes

§ pessoas de boa vontade e voluntárias

§ organizações da sociedade (ONGs, especificamente voltadas para questões socioecológicas)

§ escolas e centros de pesquisa (UEMA, UFMA)

§ representantes de igrejas

§ representantes do comitê da bacia hidrográfica

§ representantes do pode público (Secretaria do Meio Ambiente)

§ representantes do comércio, cooperativas, associações de moradores

§ ...

3. Fundamentação e Justificativas

§ Os problemas ecológicos (mudanças climáticas, destruição e escassez dos recursos naturais, poluição etc.) constituem “atualmente um dos principais desafios para a humanidade, podendo destruir sem precedentes os ecossistemas”. Devido a uma exploração inconsiderada da natureza, “o ser humano começa a correr risco de a destruir e de vir a ser, também ele, vítima dessa degradação” (LS 4).

§ Sendo que os “impactos mais sérios recairão, nas próximas décadas, sobre os países em vias de desenvolvimento” (LS 24,25) que é o caso do Brasil, a “indiferença geral perante estas tragédias” e a falta de reação (omissão e passividade) - “sinal da perda de sentido de responsabilidade pelos nossos semelhantes” (LS 25) – devem ser evitadas e superadas.

§ Uma parte da sociedade já tem uma crescente sensibilidade relativamente ao meio ambiente; no entanto, todos os cidadãos/ãs hão de tomar mais fortemente dolorosa consciência transformando em sofrimento pessoal aquilo que acontece com o mundo e reconhecer a contribuição que cada um pode dar (cf. LS 19).

§ Sendo que o estilo de vida insustentável e as desigualdades sociais só podem desembocar em catástrofes (cf. LS 161) e violência, a busca da justiça social e ambiental (desenvolvimento ecologicamente sustentável e economicamente justo) é o único caminho para garantir a continuidade da vida: da natureza e dos habitantes numa estreita interdependência.

§ Portanto, as mudanças necessárias e a busca de um novo rumo (de produzir, consumir e transportar os bens) não podem ser procuradas somente em soluções tecnocráticas, mas abrangem o ser humano na sua integridade, principalmente suas dimensões sociais, éticas e espirituais.

§ Na região de Bacabal (zona urbana e rural) fazem-se sentir os seguintes impactos ecológicos: a (má) qualidade e quantidade das águas (do Rio Mearim), os extremos climáticos (verão de grande calor, inverno de muito chuva causando enchentes), a poluição das águas (resíduos, líquidos tóxicos), do solo (agrotóxicos), do ar (queimadas) e das vias públicas (resíduos); falta de saneamento básico; etc...

4. Objetivos

a) Geral

Cuidar do bioma maranhense (Cerrado, Amazônia) e promover relações fraternas com a vida e a cultura dos povos.

b) Específicos

§ Aprofundar o conhecimento do bioma regional/local, de suas belezas, de seus significados e importância para a vida no planeta, particularmente para o povo maranhense.

§ Conhecer melhor e nos comprometer melhor com as populações originárias (quilombolas, ribeirinhos), reconhecer seus direitos, sua pertença ao povo maranhense, respeitando sua história, suas culturas, seus territórios e modo específico de viver.

§ Reforçar o compromisso com a biodiversidade, os solos, as águas (do rio Mearim, das fontes e remanescentes, dos lagos e das lagoas), nossas paisagens (babaçu, bacaba).

§ Compreender o impacto da grande concentração populacional (zona urbana de Bacabal) sobre o bioma em que se insere (falta de saneamento, resíduos, lixão).

§ Manter a articulação com as organizações da sociedade, o poder público, as escolas, as igrejas, centros de pesquisa, o comitê da bacia hidrográfica e todas as pessoas de boa vontade que querem a preservação das riquezas naturais e o bem-estar do povo bacabalense.

§ Comprometer os cidadãos/cidadãs em geral e as autoridades públicas em específico para assumir a responsabilidade sobre o meio ambiente e a defesa da vida.

§ Contribuir para a construção de um novo paradigma econômico ecológico que atenda às necessidades de todas as pessoas e famílias, respeitando a natureza (combater o agronegócio, a pecuária em grande escala, as monoculturas, o uso de agrotóxicos).

Compreender o desafio da conversão ecológica integral para criar um dinamis­mo de mudança duradoura que visa tanto a responsabilidade individual e também comunitária (cf. LS 219).

5. Metodologia e Organização

§ O Fórum Ecológico de Bacabal é um órgão que reflete a vivência na Casa Comum; portanto, se caracteriza por um estilo popular, democrático-participativo e dinâmico evitando que prevaleçam interesses de particulares.

§ Ele se reúne periodicamente (2/2 ou 3/3 meses) para debater assuntos de seu interesse:

- fazendo um levantamento dos problemas (VER suas causas, seus efeitos e abrangência),

- avaliar seus diversos aspectos (JULGAR à luz de dados, informações, reflexões etc.),

- traçar e planejar pistas de ação (AGIR através de projetos, campanhas, iniciativas).

§ O Fórum é coordenado por uma pequena equipe, escolhida/eleita por um ano...