Dossiê dos Alimentos Saudáveis - Você fiscaliza o que anda comendo?

Post date: 04/12/2014 13:20:52

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Feira Orgânica de Gramado. Foto: Vanessa Fuhrmeister Candido

Alimento orgânico é aquele isento de qualquer tipo de contaminante que ponha em risco a saúde ambiental ou humana, seja dos produtores ou dos consumidores. Por ser produzido livre de insumos artificiais como os adubos químicos, os agrotóxicos, as drogas veterinárias, aditivos químicos sintéticos (corantes, aromatizantes e emulsificantes), hormônios, antibióticos e de organismos geneticamente modificados, é considerado mais saudável. Mais que isso, para ser considerado como orgânico, o alimento deve ser produzido sob os princípios da agricultura orgânica ou agricultura biológica, isto é, num ambiente de produção sustentável, que contempla o uso responsável do solo, da água, do ar e dos demais recursos naturais, respeitando as relações sociais e culturais. A agricultura orgânica está relacionada ao desenvolvimento sustentável.

Este sistema de produção tem como objetivo a autossustentação da propriedade agrícola ao longo do tempo, a maximização dos benefícios sociais para o agricultor, a minimização da dependência de energias não renováveis na produção, a oferta de produtos saudáveis e de elevado valor nutricional. A agricultura orgânica é uma forma de agricultura que se baseia em técnicas como a rotação de culturas, adubação verde, compostagem e controle biológico de pragas.

Os métodos empregados na agricultura orgânica são aplicados e regulados em muitos países, baseados, em grande parte, nas normas estabelecidas pela Federação Internacional dos Movimentos de Agricultura Orgânica (IFOAM), uma organização internacional que reúne organizações de agricultores orgânicos ao redor do mundo desde 1972. De acordo com a organização, 88 países, incluíndo o Brasil, contam com leis sobre a produção de alimentos orgânicos.

A procura de alimentos livres de aditivos químicos têm aumentado na mesma proporção da busca por saúde e qualidade de vida. Ainda com base em relatório da IFOAM, o mercado de alimentos orgânicos cresce rapidamente: em 1999, movimentava 15,2 bilhões de dólares em todo o mundo; em 2012, atingiu 63,8 bilhões. A demanda tem impulsionado um aumento semelhante em terras agrícolas voltadas para produção orgânica que tripiclaram em extensão, ao atingir aproximadamente 37,5 milhões de hectares em todo o mundo, o que representa 0,87% do total das terras agrícolas no mundo.

Orgânicos no BrasilA produção e comercialização de alimentos orgânicos no Brasil foram aprovadas pela Lei 10.831, de 23 de dezembro de 2003 e regulamentadas em 27 de dezembro de 2007. com a publicação do Decreto Nº 6.323.

De acordo com a legislação, para ter o nome "orgânico" ou "produto orgânico" no rótulo, o produto deve conter, no máximo, 5% de ingredientes não-orgânicos. Produtos que tem uma porção maior de ingredientes não-orgânicos serão identificados como "produtos com ingredientes orgânicos", uma vez que a parte orgânica deve ser, no mínimo, 70%. Aqueles que estiverem abaixo deste percentual não podem ser comercializados como de qualidade orgânica.

Para que possam comercializar seus produtos como "Orgânicos", os produtores devem se regularizar através de uma certificação por um Organismo da Avaliação da Conformidade Orgânica (OAC) credenciado junto ao Ministério da Agricultura (MAPA); ou se organizar em grupo e se cadastrar junto ao MAPA para realizar a venda direta sem certificação. A diferença está em que o produtor sem certificação só pode realizar vendas diretas ao consumidor (feiras), enquanto que o produtor certificado poderá comercializar seus produtos (que receberão selo que atesta a qualidade de orgânico) em feiras, supermercados, lojas, restaurantes, hotéis, indústrias, internet.

10 motivos para consumir orgânicos

Nem precisa pensar muito. Leia abaixo e descubra as vantagens de consumir produtos orgânicos!

1. Evita problemas de saúde causados pela ingestão de substâncias químicas tóxicas. Pesquisas e estudos tem demonstrado que os agrotóxicos são prejudiciais ao nosso organismo e os resíduos que permanecem nos alimentos podem provocar reações alérgicas, respiratórias, distúrbios hormonais, problemas neurológicos e até câncer. 2. Alimentos orgânicos são mais nutritivos. Solos ricos e balanceados com adubos naturais produzem alimentos com maior valor nutritivo.

3. Alimentos orgânicos são mais saborosos. Sabor e aroma são mais intensos – em sua produção não há agrotóxicos ou produtos químicos que possam alterá-los.

4. Protege futuras gerações de contaminação química. A intensa utilização de produtos químicos na produção de alimentos afeta o ar, o solo, a água, os animais e as pessoas. A agricultura orgânica exclui o uso de fertilizantes, agrotóxicos ou qualquer produto químico; e tem como base de seu trabalho a preservação dos recursos naturais.

5. Evita a erosão do solo. Através das técnicas orgânicas tais como rotação de culturas, plantio consorciado, compostagem, etc., o solo se mantém fértil e permanece produtivo ano após ano.

6. Protege a qualidade da água. Os agrotóxicos utilizados nas plantações atravessam o solo, alcançam os lençóis d’água e poluem rios e lagos.

7. Restaura a biodiversidade, protegendo a vida animal e vegetal. A agricultura orgânica respeita o equilíbrio da natureza, criando ecossistemas saudáveis. A vida silvestre, parte essencial do estabelecimento agrícola é preservada e áreas naturais são conservadas.

8. Ajuda os pequenos agricultores. Em sua maioria, a produção orgânica provém de pequenos núcleos familiares que tem na terra a sua única forma de sustento. Mantendo o solo fértil por muitos anos, o cultivo orgânico prende o homem à terra e revitaliza as comunidades rurais.

9. Economiza energia. O cultivo orgânico dispensa os agrotóxicos e adubos químicos, utilizando intensamente a cobertura morta, a incorporação de matéria orgânica ao solo e o trato manual dos canteiros. É o procedimento contrário da agricultura convencional que se apoia no petróleo como insumo de agrotóxicos e fertilizantes e é a base para a intensa mecanização que a caracteriza.

10. O produto orgânico é certificado. A qualidade do produto orgânico é assegurada por um Selo de Certificação. Este Selo é fornecido pelas associações de agricultura orgânica ou por órgãos certificadores independentes, que verificam e fiscalizam a produção de alimentos orgânicos desde a sua produção até a comercialização. O Selo de Certificação é a garantia do consumidor de estar adquirindo produtos mais saudáveis e isentos de qualquer resíduo tóxico.

Fonte: Ambiente Brasil

Leia on-line a cartilha: Por que consumir orgânicos

5 motivos pouco conhecidos que fazem você engordar

As informações aqui apresentadas podem ser surpreendentes para a maioria das pessoas, principalmente porque, quando se fala em ganho de peso, o foco sempre são as calorias. Apesar de que as calorias sejam cruciais para o aumento de peso, há uma série de outros fatores ambientais e de estilo de vida que desempenham um papel muito mais significativo, principalmente porque a maioria das pessoas não percebem que elas são afetadas por eles, e, portanto, falham em enfrentá-los. Estes fatores são:

1: Antibióticos nos alimentos e em remédios

O que a maioria das pessoas não consegue entender é a forte ligação entre o nosso microbioma e ganho de peso. Provas convincentes sugerem uma ligação complexa entre o uso excessivo de antibióticos e ganho de peso.

Há uma tendência comum das pessoas a tratar todas as suas infecções com antibióticos, tais como quando experimentam um resfriado ou gripe. O problema com o uso excessivo de antibióticos é que eles eliminam as boas bactérias no seu intestino. As bactérias benéficas (probióticas) são, de fato, tão cruciais para a sua saúde que os pesquisadores compararam-as a "um órgão recém-reconhecido."

Os EUA usam cerca de 13 milhões de quilos de antibióticos a cada ano para criar animais. Isso representa cerca de 80 por cento de todos os antibióticos utilizados nos EUA. Na pecuária, os antibióticos são usados tanto para evitar doenças quanto para promover o ganho de peso. A pesquisa sugere que carne banhada em antibióticos tem o mesmo efeito de ganho de peso em humanos que a consomem.

2: Outras drogas causadoras de ganho de peso na pecuária

Outros medicamentos usados para engordar o gado têm efeitos de ganhar peso nos humanos. A ractopamina é um exemplo. Esta droga beta-agonista trabalha como promotora de crescimento, aumentando a síntese de proteínas, assim, tornando o animal mais musculoso.Na medicina humana, beta-agonistas também são encontrados em medicamentos para a asma, e o ganho de peso persistente é de fato uma queixa comum entre os pacientes de asma que utilizam Advair (uma droga beta-agonista) - tanto é que o fabricante adicionou o ganho de peso nos efeitos colaterias na pós-propaganda.

Outros países já proibiram o uso de potenciadores de crescimento em animais, e por boas razões. Estes fármacos têm sido conhecidos por causar infertilidade, defeitos de nascimento, deficiência, e até mesmo a morte.

3: Produtos químicos desreguladores endócrinos

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Muitos produtos domésticos comuns contêm desreguladores endócrinos, alguns dos quais são estruturalmente semelhantes aos hormônios, como o estrogênio e, portanto, podem afetar as funções corporais normais de uma pessoa. Exemplos incluem o bisfenol-A (BPA), PCBs, ftalatos, triclosan, defensivos agrícolas, e retardadores de fogo.

Certos produtos químicos agrícolas, o glifosato, em particular, também podem afetar seu peso por obliteração das bactérias intestinais saudáveis. Uma pesquisa recente mostrou que o glifosato provoca extrema perturbação das funções e ciclos de vida de micróbios e, preferencialmente, afeta as bactérias benéficas, permitindo que patógenos cresçam.

Nos EUA, a grande maioria do glifosato que as pessoas estão consumindo vem de produtos geneticamente modificadas (GM) como açúcar, milho, soja e trigo desidratado convencionalmente crescido. Além de alterar a sua flora intestinal, o glifosato também aumenta os efeitos prejudiciais dos outros resíduos químicos de origem alimentar e toxinas ambientais.

4: Adoçantes artificiais

Mais uma vez, há um equívoco enorme quando se trata de adoçantes artificiais. Eles são comercializados como "diet", no entanto pesquisas sugerem o contrário.

Foi comprovado que os adoçantes artificiais estimulam o apetite, aumentam a vontade de comer carboidratos, e estimulam o armazenamento de gordura e ganho de peso. Estes adoçantes enganam nosso cérebro em pensar que está recebendo o açúcar, e quando chega sem açúcar, o cérebro sinaliza que precisa de carboidratos. Aí está um ciclo promotor de ganho de peso.

Um estudo citado em um artigo recente do Democrat & Chronicle, "descobriram que bebedores frequentes de refrigerantes diet tiveram circunferência da cintura aumenta que eram 500 por cento maior do que os não-bebedores de refrigerante diet."

5: Propagandas de junk food dissimuladas

As crianças são o principal alvo para o marketing de comida industrializada (junk food, ou comida sem valor). Vemos isso em filas de supermercados, onde barras de chocolate, doces e refrigerantes estão estrategicamente colocados nos níveis olhos das crianças. Este tipo de marketing deve estar funcionando, pois uma em cada três (1/3) crianças nos EUA hoje são consideradas obesas. Este tipo de estilo de vida é obviamente prejudicial para as crianças, tanto física quanto emocionalmente.

As crianças estão agora expostas ao marketing via licenciamento da marca, posicionamento do produto, escolas, marketing dissimulado, marketing viral, DVDs, jogos e na internet. De acordo com um relatório de 2013 pelo Instituto de Medicina (IOM), crianças com idade entre 2-11 vêem agora uma média de mais de 10 anúncios de alimentos de televisão por dia.

O relator Especial das Nações Unidas sobre o direito à alimentação, Olivier De Schutter advertiu recentemente que "a obesidade é uma ameaça de saúde global maior do que o uso do tabaco." A Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) também emitiu recentemente uma declaração de posição sobre a obesidade e o câncer, em que eles também afirmam que "a obesidade está alcançando rapidamente o tabaco como a principal causa evitável de câncer."

Durante a cúpula anual deste ano da Organização Mundial de Saúde, De Schutter pediu às nações que unissem forças para colocar regulamentações mais rigorosas em alimentos não saudáveis, dizendo: "Assim como o mundo se uniu para regular os riscos do tabaco, uma convenção ousada em dietas adequadas deve ser agora concordada."

Como evitar estes fatores engordativos?

Uma das principais formas de evitar o ganho de peso é examinar a qualidade dos alimentos que você está comendo, e não a quantidade (calorias).

Alimentos orgânicos não contém conservantes químicos nocivos, hormônios ou pesticidas que causam ganho de peso. Fique longe de alimentos excessivamente processados pois você só vai ficar frustrado quando descobrir que o alimento que você está comendo está atado com os fatores de ganho de peso acima mencionados.

Se os alimentos estão em propagandas, é quase certo que eles são ruins para você. Quando foi a última vez que você viu um comercial de rabanetes? Couve?

Compre alimentos orgânicos, integrais e cozinhe a partir do zero. Isto irá reduzir automaticamente o consumo de açúcar, que é a causa raiz de resistência à insulina e ganho de peso. Se você compra produtos orgânicos, você também corta a sua exposição a pesticidas e ingredientes geneticamente modificados, e cortando de sua vida os alimentos processados, você automaticamente evita adoçantes artificiais e gorduras processadas prejudiciais.

As gorduras saudáveis são essenciais, então certifique-se que não está consumindo as gorduras erradas. Fontes de gorduras saudáveis para adicionar à sua dieta incluem abacate, coco e óleo de coco, óleos de nozes orgânicos (prensadas à frio) e nozes e sementes cruas.

Opte por recipientes de vidro para evitar desreguladores endócrinos.

Tore o processo uma jornada de aprendizagem, implemente mudanças lentas e divirta-se ao longo do caminho. Comer saudável não tem que ser uma luta.

Fonte: Collective Evolution

Pesticidas e Saúde

O ser humano, durante o início dos tempos era nômade, ou seja, vivia migrando de um lugar para outro em busca de melhores condições, o que se resume em alimento e sobrevivência. Conforme o tempo foi passando, esse homem que antes era nômade, passou a fixar-se num determinado local, se tornando, então, sedentário. Essa fixação se deve, entre outros fatores, à agricultura, o cultivo de alimentos.

Foto: oticki / Shutterstock.com

O homem aprendeu a produzir seu alimento para subsistência, depois passou a utilizá-lo como moeda de troca e hoje, também o comercializa. Com a crescente necessidade de se produzir cada vez mais alimento, foram surgindo várias técnicas que garantem uma boa colheita, como a irrigação, adubação, entre outros. Mas para se ter um bom resultado do plantio, era necessário eliminar as pragas que infestavam as lavouras, causando danos ao alimento e principalmente afetando a comercialização. A partir dessa tentativa de exterminar pragas surgiram os pesticidas, também conhecidos como agrotóxicos, que são compostos orgânicos capazes de banir o desenvolvimento dessas pragas em plantações.

Foto: oticki / Shutterstock.com

O papel de pesticida pode ser desempenhado por uma substância química ou por um agente biológico (bactéria, vírus). São sempre tóxicos, porém, nem sempre venenosos. Existem vários tipos de classificação para os pesticidas, uma delas é dada de acordo com a praga a ser combatida, sendo assim:

  • bactericidas são pesticidas usados no controle de bactérias nocivas ao plantio;
  • inseticidas, no controle de insetos;
  • herbicidas, no controle de ervas daninhas;
  • fungicidas, no controle de fungos;
  • acaricidas, no controle de ácaros
  • entre outros.

Uma outra classificação, muito utilizada é a dada levando em conta a composição desses pesticidas. Veja:

  • Botânicos: composição à base de nicotina, sabadina, piretrina e retenona.
  • Orgânicos de síntese: composição à base de Carbamatos (nitrogenados), clorados, fosforados e clorofosforados.
  • Inorgânicos: composição à base de Arsênio, Tálio, Bário, Nitrogênio, Fósforo, Cádmio, Ferro, Selênio, Chumbo, Mercúrio, Zinco, Cobre, etc.

O primeiro pesticida utilizado foi o Enxofre, que depois deu lugar a outros compostos químicos como o Arsênio e o Mercúrio. A partir do século XVII, passaram a utilizar em larga escala pesticidas à base de nicotina, extraída da folha do tabaco. A partir daí, a indústria desses compostos só cresceu e se expandiu, dando origem às mais modernas fórmulas encontradas no mercado atual. Os pesticidas causam sérios riscos ao meio ambiente e à saúde do ser humano. Aplicações de pesticidas em lavouras podem contaminar lençóis freáticos e rios, levando à morte de seres que vivem nesses locais. Quando utilizado excessivamente provocam na praga uma resistência cada vez maior a esses compostos, o que leva à necessidade de usar doses maiores e produtos mais fortes. A planta também sofre impactos com o uso de pesticidas, já que isso afeta sua estrutura física, bem como seu metabolismo. O ser humano, evidentemente, é também é muito prejudicado pelo uso de agrotóxicos, tanto para os que manipulam, quanto para os que consomem alimentos cultivados com essas substâncias.

Um dos principais danos causados por pesticidas á saúde humana é mutação dos genes das células, o que posteriormente desencadeia o câncer em várias partes do corpo.

Pesquisa demonstra perigo no consumo de hidropônicos

Pesquisa recente conclui que o teor de nitrato nas folhas de alface é maior no cultivo hidropônico que no convencional, sendo que o cultivo orgânico apresenta a menor taxa de concentraçào de nitrato. Isto devido ao uso de fertilizantes com baixo teor de nitrogênio, como esterco bovino e vermicomposto. A pesquisa conduzida por pesquisadores do IAPAR (MIYAZAWA et. al., 2001) mostra que alfaces cultivadas em sistema hidropônico apresentam um teor de nitrato extremamente elevado: 70% das amostras tinham entre 6.000 a 12.000 mg/kg e apenas 3% das amostras tinham teor inferior a 3.000 mg/kg. Nesse cultivo, o fertilizante nitrogenado é fornecido nas formas nítrica e amoniacal facilmente absorvidos pela raiz em quantidades muito acima da capacidade da planta assimilar, acumulando, assim, o excedente no tecido vegetal. No organismo humano, o nitrato ingerido passa à corrente sangüínea podendo reduzir-se a nitritos que são ainda mais venenosos. Quando combinados com aminas, formam as nitrosaminas, substâncias cancerígenas, mutagênicas e teratogênicas. O monitoramento dessas substâncias é essencial para garantir a qualidade dos alimentos. De acordo com a FAO, o índice de máxima ingestão diária admissível (IDA), de nitrato é de 5 mg/kg de peso vivo e, 0,2 mg/kg, para o nitrato. A ingestão admissível para uma pessoa de 70 kg seria de 350 mg de nitrato por dia. Assim, se considerarmos que quatro cabeças de alface pesam aproximadamente 1 kg e tem em média 160 folhas, concluí-se que uma pessoa de 70 kg comendo entre 4 e 9 folhas de alface hidropônica por dia, já estará atingindo a dose diária máxima de nitrato permitida. No caso de crianças, a quantidade de folhas ingeridas é proporcionalmente menor. Esta mesma pessoa poderia

comer em média mais de 50 folhas de alface produzida no sistema orgânico, para atingir o mesmo nível de nitrato. Sendo assim, o consumo de alface cultivadas no sistema hidropônico deve ser cauteloso, pois pode trazer riscos à saúde humana.

Vantagens e desvantagens dos alimentos transgênicos

Você já deve ter ouvido falar na sigla OGM, que quer dizer Organismo Geneticamente Modificado; ou, simplesmente transgênico. Especificamente, trata-se de um ser vivo cuja estrutura genética (a parte da célula onde está armazenado o código da vida), foi alterada pela inserção de genes de outro organismo, de modo a atribuir ao receptor características não programadas pela natureza. Uma planta que produz uma toxina antes só encontrada numa bactéria. Um microorganismo capaz de processar insulina humana.

A engenharia genética utiliza enzimas para quebrar a cadeia de DNA em determinados lugares, inserindo segmentos de outros organismos costurando a seqüência novamente. Os cientistas podem "cortar" e "colar" genes de um organismo e manipulando sua biologia natural a fim de obter características específicas (por exemplo, determinados genes podem ser inseridos numa planta para que ela produza toxinas contra pestes). Este método é muito diferente do que ocorre naturalmente com o desenvolvimento dos genes.

Vantagens 1. O alimento pode ser enriquecido com um componente nutricional essencial. Um feijão geneticamente modificado por inserção de gene da castanha do Para passa produzir metionina, um aminoácido essencial para a vida. Um arroz geneticamente modificado produz vitamina A;

2. O alimento pode ter a função de prevenir, reduzir ou evitar riscos de doenças, através de plantas geneticamente modificadas para produzir vacinas, ou iogurtes fermentados com microorganismo geneticamente modificados que estimulem o sistema imunológico;

3. A planta pode resistir ao ataque de insetos, seca ou geada. Isso garante estabilidade dos preços e custos de produção. Um microorganismo geneticamente modificado produz enzimas usadas na fabricação de queijos e pães o que reduz o preço deste ingrediente; Sem falar ainda que aumenta o grau de pureza e a especificidade do ingrediente e permite maior flexibilidade para as indústrias;

4. Aumento da produtividade agrícola através do desenvolvimento de lavouras mais produtivas e menos onerosas, cuja produção agrida menos o meio ambiente.

Desvantagens

1. O lugar em que o gene é inserido não pode ser controlado completamente, o que pode causar resultados inesperados uma vez que os genes de outras partes do organismo podem ser afetados.

2. Os genes são transferidos entre espécies que não se relacionam, como genes de animais em vegetais, de bactérias em plantas e até de humanos em animais. A engenharia genética não respeita as fronteiras da natureza – fronteiras que existem para proteger a singularidade de cada espécie e assegurar a integridade genética das futuras gerações.

3. A uniformidade genética leva a uma maior vulnerabilidade do cultivo porque a invasão de pestes, doenças e ervas daninha sempre é maior em áreas que plantam o mesmo tipo de cultivo. Quanto maior for a variedade (genética) no sistema da agricultura, mais este sistema estará adaptado para enfrentar pestes, doenças e mudanças climáticas que tendem a afetar apenas algumas variedades.

4. Organismos antes cultivados para serem usados na alimentação estão sendo modificados para produzirem produtos farmacêuticos e químicos. Essas plantas modificadas poderiam fazer uma polinização cruzada com espécies semelhantes e, deste modo, contaminar plantas utilizadas exclusivamente na alimentação.

5. Os alimentos transgênicos poderiam aumentar as alergias. Muitas pessoas são alérgicas a determinados alimentos em virtude das proteínas que elas produzem. Há evidências de que os cultivos transgênicos podem proporcionar um potencial aumento de alergias em relação a cultivos convencionais.

O que são alimentos transgênicos? Fazem mal? Como identifica-los?

Vá até a sua dispensa, verifique a existência do símbolo ao lado em algum de seus alimentos.

Você sabe o que ele significa?

Alimento Transgênico, não é isso?

Apesar de estarem tentando esconder isso de nós, o Ministério da Saúde sabiamente aprovou o Decreto nº 4680/03 e a Portaria nº 2.658/2003 que determinaram a obrigatoriedade da rotulagem de produtos com mais de 1% de transgênicos em sua composição.

Porém, apesar da obrigatoriedade, ninguém que eu conheça sabe o que significa este símbolo, ou seja, colaram uma figurinha nos produtos e não disseram o que ele significa. Claro lobby da Monsanto…

Alimentos Transgênicos são todos os alimentos geneticamente modificados.

De acordo com a FDA, esses produtos não podem ser destinguidos dos demais pelo fato de serem “iguais” ao alimentos não transgênicos, mas vários estudos demonstram contradições nos relatórios da FDA.

Há mais informações sobre Alimentos Transgênicos no site transgenicosnao.blogspot.com

Se fazem mal, bem, deêm uma olhada em como a Monsanto agiu durante seus anos dourados e veja que ela sempre escondeu a verdade sobre diversos de seus produtos.

Os documentários que mencionamos aqui tem bastante informações referentes.

Monsanto é a maior empresa de biotecnologia do mundo (na marra), líder mundial em alimentos transgênicos, com 90% do mercado. Fabricante das marcas Roundup (herbicída líder a 30 anos), soja para roundup (soja roundup ready), aspartame (edulcorante substitúto do açúcar nos produtos diet), hormônio do crescimento (proibido no Canadá e na Europa), dentre outros produtos altamente tóxicos como o Agente Laranja (desfolhante utilizado na guerra do Vietnã), e PCB (conhecida no Brasil como Ascarel), uma substância extremamente tóxica, que foi proibida em 1971 nos EUA e 1981 no Brasil.

O Grupo Monsanto atua no Brasil por meio das seguintes empresas:

Monsanto do Brasil Ltda., Agroeste Sementes S.A., Monsoy Ltda., Monsanto Nordeste Indústria e Comércio de Produtos Químicos Ltda., Alkagro do Brasil Ltda., Stoneville Brasil Ltda., Agroeste Participações Ltda., MDM Sementes Algodão Ltda., D&M Brasil Algodão Ltda., D&PL Brasil Ltda., Sementes Selecionadas Ad Ltda. e WestSeeds Participações Ltda.

O maior mito utilizado para legimitar o mercado dos transgênicos é que “o aumento de produção dos alimentos resolveria a fome”. Não precisa ser nenhum economista pra saber que o problema da fome e da miséria não é a escassez de alimentos, mas a má distribuição de riqueza produzida. Ainda mais em um novo modelo onde você terá de pagar royalties e taxas paras poucas transnacionais que monopolizam o mercado.

Pesquisando sobre o assunto, encontrei dois documentários de tirar o fôlego, que já fazem parte de nossa lista de doumentários.

O primeiro foi Sweet Misery, sobre o aspartame, o qual aparentemente é a causa do aumento de doenças raras.

O segundo é O Mundo segundo a Monsanto, que demonstra claramente que estamos sendo engolidos pelo corporativismo selvagem, que transforma o ser humano em mais um obstáculo que precisa ser transposto.

Aos estudantes de direito, recomendo assistir ambos documentários, além de A Corporação, que também toca no assunto.

Cuidado, o seu alimento pode estar lhe causando donças.

Saiba mais em: http://www.algosobre.com.br/biologia/alimentos-trangenicos.html

http://busca.uol.com.br/buscar.html?q=alimento+transgenico

http://transgenicosnao.blogspot.com/

Conheça a lista de produtos transgênicos elaborada pelo Greenpeace em http://www.greenpeace.org.br/transgenicos/pdf/guia_consumidor_4.pdf

Sweet Misery - Aspartame

Em tempo, como esses desgraçados são aliados no plano contra a população mundial, e pretendem sujar os gênes das espécies naturais, já criaram (não estes) um banco de dados vegetal com mais de 4milhões de sementes, o que chamamos alienadamente de Arca de Noé Vegetal, a qual será assunto por aqui mais futuramente.

O NOVO INIMIGO DO SETOR DE TRANSGÊNICOS

A matéria abaixo revela qual é o novo alvo a ser eliminado da Legislação brasileira: o símbolo “T” que identifica os produtos que possuem transgênicos. O setor da indústria alimentícia é muito poderoso e está incomodado com o símbolo, pois pode provocar na população consumidora um despertar para a qualidade dos produtos. É bom a sociedade brasileira ficar atenta. A obrigação pela identificação dos produtos que se utilizam de OGMs (organismos geneticamente modificados) ou simplesmente, de transgênicos, constitui uma das conquistas mais importantes da cidadania brasileira, que tem o direito de saber o que está consumindo. Como consumidores que pagam pelo que consomem, todos temos o direito de escolher o que consumir. Se alimentos com transgênicos, se com produtos convencionais ou se orgânicos. Ninguém pode tirar esse direito. Fiquemos atentos. Marino Elígio Gonçalves.

O símbolo que identifica os produtos que contêm transgênicos tornou-se uma preocupação para as empresas de alimentos

Por Melina Costa , Revista EXAME, Edição 0929, 16/10/2008, EcoDebate.

O “T” da questão - Quando o governo brasileiro decidiu rotular os alimentos feitos com matéria-prima transgênica, escolheu um símbolo que não passasse despercebido. Trata-se de uma letra “T” inserida em um triângulo amarelo que vem acompanhado de inscrições como “Produto feito a partir de transgênico”. O desenho e as cores lembram de imediato os sinais de alerta usados para identificar material radiativo ou lixo hospitalar. A medida é, de longe, a mais radical já tomada por um governo. Até a União Européia, que reúne os países mais rigorosos do mundo em matéria de plantas geneticamente modificadas, contentou-se apenas com uma discreta frase na embalagem, como as que avisam que o produto contém glúten, açúcar ou adoçante. Passados cinco anos da decisão de rotular os transgênicos do Brasil, o que deveria ser apenas um recurso para informar os consumidores menos atentos transformou-se no terror dos departamentos de marketing das grandes empresas de alimentos - em especial as que usam soja como matéria-prima, a principal planta transgênica cultivada no país. Preocupadas com o prejuízo que o “T” pode trazer à imagem de seus produtos, as companhias têm se esforçado para escapar das atuais regras. “O símbolo passa claramente a seguinte imagem: ‘Cuidado! Esse alimento é perigoso!’ Quem quer isso no seu produto?”, diz Edmundo Klotz, presidente da Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia).

Ruim para o produtor e para o consumidor

A introdução de transgênicos na natureza expõe nossa biodiversidade a sérios riscos, como a perda ou alteração do patrimônio genético de nossas plantas e sementes e o aumento dramático no uso de agrotóxicos. Além disso, ela torna a agricultura e os agricultores reféns de poucas empresas que detêm a tecnologia, e põe em risco a saúde de agricultores e consumidores. O Greenpeace defende um modelo de agricultura baseado na biodiversidade agrícola e que não se utilize de produtos tóxicos, por entender que só assim teremos agricultura para sempre.

Plantação de arroz vermelho, variedade que pode desaparecer com a plantação de arroz transgênico. © Greenpeace / Lunaé Parracho

Os transgênicos, ou organismos geneticamente modificados, são produtos de cruzamentos que jamais aconteceriam na natureza, como, por exemplo, arroz com bactéria.

Por meio de um ramo de pesquisa relativamente novo (a engenharia genética), fabricantes de agroquímicos criam sementes resistentes a seus próprios agrotóxicos, ou mesmo sementes que produzem plantas inseticidas. As empresas ganham com isso, mas nós pagamos um preço alto: riscos à nossa saúde e ao ambiente onde vivemos.

O modelo agrícola baseado na utilização de sementes transgênicas é a trilha de um caminho insustentável. O aumento dramático no uso de agroquímicos decorrentes do plantio de transgênicos é exemplo de prática que coloca em cheque o futuro dos nossos solos e de nossa biodiversidade agrícola.

Diante da crise climática em que vivemos, a preservação da biodiversidade funciona como um seguro, uma garantia de que teremos opções viáveis de produção de alimentos no futuro e estaremos prontos para os efeitos das mudanças climáticas sobre a agricultura,

Nesse cenário, os transgênicos representam um duplo risco. Primeiro por serem resistentes a agrotóxicos, ou possuírem propriedades inseticidas, o uso contínuo de sementes transgênicas leva à resistência de ervas daninhas e insetos, o que por sua vez leva o agricultor a aumentar a dose de agrotóxicos ano a ano. Não por acaso o Brasil se tornou o maior consumidor mundial de agrotóxicos em 2008 – depois de cerca de dez anos de plantio de transgênicos – sendo mais da metade deles destinados à soja, primeira lavoura transgênica a ser inserida no País.

Além disso, o uso de transgênicos representa um alto risco de perda de biodiversidade, tanto pelo aumento no uso de agroquímicos (que tem efeitos sobre a vida no solo e ao redor das lavouras), quanto pela contaminação de sementes naturais por transgênicas. Neste caso, um bom exemplo de alimento importante, que hoje se encontra em ameaça, é o nosso bom e tradicional arroz.

A diversidade do arroz brasileiro congrega desde o arroz branco plantado no Rio Grande do Sul, que é adaptado a temperaturas amenas, àquele plantado no interior do nordeste, vermelho, resistente a climas quentes e secos. Ambos são necessários, sem seus respectivos climas e solos, para garantir que o cidadão brasileiro tenha sempre arroz em seu prato, em qualquer região do país.

Rotulagem como direito básico

Ativistas do Greenpeace protestam em um supermercado contra a falta de rotulagem adequada nos produtos fabricados pelas empresas Bunge e Cargill.

©Greenpeace/Ivo Gonzalez

“É melhor prevenir do que remediar”. Esta expressão cai como uma luva quando falamos de liberação e consumo de transgênicos.

Consumimos hoje diversos alimentos com ingredientes à base de transgênicos, produzidos para matar insetos e resistir a agrotóxicos. Você deve achar que exaustivos testes foram feitos, e todas as pesquisas que apontam possíveis riscos foram levadas em consideração, para que transgênicos fossem liberados. No entanto, isso não acontece.

Não existe consenso na comunidade científica sobre a segurança dos transgênicos para a saúde humana e o meio ambiente. Testes de médio e longo prazo, em cobaias e em seres humanos, não são feitos, e geralmente são repudiados pelas empresas de transgênicos.

Neste contexto, o Greenpeace considera que a liberação de transgênicos é uma afronta ao princípio da precaução, e uma aposta de quem não tem compromisso com o futuro da agricultura, do meio ambiente, e do planeta.

Desde que os transgênicos chegaram clandestinamente ao Brasil, em 1997, o Greenpeace trabalhou para que o consumidor pudesse identificá-los e decidir se compraria ou não.

Em 2003, foi publicado o decreto de rotulagem (4680/2003), que obrigou empresas da área da alimentação, produtores, e quem mais trabalha com venda de alimentos, a identificarem, com um “T” preto, sobre um triangulo amarelo, o alimento com mais de 1% de matéria-prima transgênica.

A resistência das empresas foi muito grande, e muitas permanecem até hoje sem identificar a presença de transgênicos em seus produtos. O cenário começou a mudar somente após denúncia do Greenpeace, em 2005, de que as empresas Bunge e Cargill usavam transgênicos sem rotular, como determina a lei. O Ministério Público Federal investigou e a justiça determinou que as empresas rotulassem seus produtos, o que começou a ser feito em 2008.

A partir de 2007, parlamentares da bancada ruralista, impulsionados pela indústria da alimentação e empresas de transgênicos, propuseram projetos de lei que visam acabar com a rotulagem. O Greenpeace está de olho nestas iniciativas que visam bulir com nosso acesso à informação.

A rotulagem de produtos transgênicos é um direito básico dos consumidores. Todos nós temos o pleno direito de saber o que consumimos.

Fome no mundo: a solução é agricultura para sempre

Para os agricultores que cultivam plantações convencionais ou orgânicas, a contaminação e a inserção em massa de sementes transgênicas no mercado têm implicado em prejuízo. Eles têm perdido o direito de vender suas safras como convencionais ou orgânicas, que são mais valorizadas no mercado, e ainda por cima são obrigados a pagarem royalties por algo que eles não queriam.

Os defensores dos transgênicos dizem que eles podem ser uma solução ao problema da fome no mundo, pois podem levar ao aumento da produção de alimentos. Mas realidade é bem diferente.

A totalidade dos transgênicos plantados no Brasil, e a quase totalidade dos transgênicos plantados no mundo são plantas resistentes a agrotóxicos ou com propriedades inseticidas. A produtividade dos transgênicos não é superior à dos convencionais e orgânicos, e a semente é mais cara por conta dos royalties a serem pagos, o que aumenta o custo de produção.

Considerando isso, e somando-se seus impactos sobre a biodiversidade agrícola e aumento no uso de agrotóxicos, só uma conclusão é possível: os transgênicos são um problema, e não a solução, para a fome no mundo.

Soluções

- Proibição de aprovações de novas culturas transgênicas, em especial aquelas que são a base da alimentação de nossa população.

- Rotulagem dos produtos transgênicos, para atender plenamente a um direito do consumidor de saber o que está comprando.

- Fiscalização e cuidado na cadeia para que não haja contaminação.

Monsanto: Milho, censura e corrupção na ciência

A revista científica que, em 2012, publicou um artigo que adiantava que 70% dos ratos alimentados com milho transgénico da Monsanto tinham desenvolvido cancro retrata-se após contratar ex-funcionário da empresa como editor especial. Artigo de Sílvia Ribeiro, publicado em La Jornada.

Imagem de Eric Drooker.

Em 2012, uma equipa científica liderada por Gilles-Éric Séralini publicou um artigo que mostrava que ratos de laboratório alimentados com milho transgénico da Monsanto, durante toda a sua vida, desenvolveram cancro em 60-70% (contra 20-30% em um grupo de controlo), além de problemas hepático-renais e morte prematura. Agora, a revista que publicou o artigo retratou-se, em mais uma amostra vergonhosa de corrupção nos âmbitos científicos, já que as razões apresentadas não são aplicadas a estudos similares da Monsanto. O editor admite que o artigo de Séralini é sério e “não apresenta incorreções”, mas avança que “os resultados não são conclusivos”, algo característico de uma grande quantidade de artigos e que faz parte do processo de discussão científica.

A retratação surgiu após a revista ter contratado Richard Goodman, ex funcionário da Monsanto, como editor especial, e como corolário de uma agressiva campanha de ataque contra o trabalho de Séralini, orquestrado pelas transnacionais. O caso lembra a perseguição sofrida por Ignacio Chapela, quando publicou na revista Nature que existia contaminação transgénica no milho camponês de Oaxaca.

Noutro contexto, mas sobre o mesmo tema, Randy Schekman, premiado com o Nobel de Medicina 2013, ao receber o prémio pediu o boicote às publicações científicas, “como Nature, Science e Cell” (e poderia ter incluído a que agora retratou Séralini) pelo “dano que estão a causar à ciência”, ao estarem mais interessadas em impactos mediáticos e lucros do que na qualidade dos artigos. Schekman assegurou que nunca mais publicará nessa revista e apelou aos cientistas que publiquem em revistas de acesso aberto, com processos transparentes. Soma-se a outras denúncias sobre a relação incestuosa das indústrias com este tipo de revista, para conseguir a autorização de produtos através da publicação de artigos científicos.

Tortilhas

O estudo de Séralini é muito relevante para o México porque os ratos foram alimentados com milho 603 da Monsanto, o mesmo que as transnacionais pretendem plantar em mais de 1 milhão de hectares, no norte do país. Caso seja aprovado, esse milho entraria massivamente na alimentação diária das grandes cidades do país por meio das ‘tortillerías’ (que fabricam tortilhas feitas de milho). Como o México é o país onde o consumo humano direto de milho é o mais alto do mundo e durante toda a vida, o país converter-se-ia numa repetição da experiência de Séralini, com pessoas em vez de ratos, com altas probabilidades de desenvolverem cancro em alguns anos, num lapso de tempo suficiente para que o governo tenha mudado e as empresas neguem a sua responsabilidade, alegando que foi há muito tempo e não se pode demonstrar o milho transgénico como causa direta.

O artigo de Séralini foi publicado na revista Food and Chemical Toxicology após uma revisão de meses por outros cientistas. Poucas horas após a sua publicação e de forma totalmente anti científica (já que não podiam avaliar os dados com seriedade nesse tempo), cientistas próximos à indústria biotecnológica começaram a repetir críticas parciais e inexatas, curiosamente iguais, já que provinham de um tal Centro de Meios de Ciência, financiado pela Monsanto, pela Syngente, pela Bayer e por outras transnacionais.

Dois pesos

Para retratar o artigo, agora alega-se que o número de ratos do grupo de controlo foi muito baixo e que os ratos Sprague - Dawley usados na experiência têm tendência a tumores. Omitem dizer que a Monsanto usou exatamente o mesmo tipo e a mesma quantidade de ratos de controlo numa experiência publicada na sua revista, em 2004, mas por apenas 90 dias, reportando que não havia problemas, conseguindo a aprovação do milho Monsanto 603. Séralini prolongou a mesma experiência e ampliou-a, durante toda a vida dos ratos, e os problemas começaram a aparecer a partir do quarto mês. Fica claro que a revista aplica um duplo padrão: um para a Monsanto e outro para os que mostram resultados críticos.

A equipa de Séralini explicou que o número de ratos usados é padrão na OCDE em experiências de toxicologia; porém, para os estudos do cancro são utilizados mais. Porém, o seu estudo não procurava cancro, mas possíveis efeitos tóxicos, o que ficou amplamente provado. O maior número de ratos em estudos de cancro serve para descartar falsos negativos (que haja cancro e não se veja); porém, nesse caso, a presença de tumores foi tão grande que, inclusive, para essa avaliação seria suficiente. Desde o início, a sua equipa também assinalou que mais estudos específicos de cancro devem ser feitos. Num âmbito global, há vários comunicados assinados por centenas de cientistas defendendo o estudo de Séralini; porém, no México, a Cibiogem (Comissão de Biossegurança), fazendo jus à sua falta de objetividade e compromisso com a saúde da população, publica somente o lado da controvérsia que favorece às transnacionais, ignorando as respostas de inúmeros cientistas independentes.

Isso é mais preocupante já que o governo afirma que a liberalização do milho transgénico no México será decidido por critérios científicos. No entanto, consulta somente cientistas como Francisco Bolívar Zapata, Luis Herrera Estrella, Peter Raven e outros que têm conflitos de interesse devido à sua relação com a indústria biotecnológica.

O tema do milho no México excede os aspetos científicos; porém, qualquer consulta deve ser aberta e com cientistas que não tenham conflitos de interesse.

Por exemplo, levar em consideração os documentos da Unión de Científicós Comprometidos con la Sociedad, apoiados por mais de 3 mil cientistas em âmbito mundial.

Conheça os perigos dos corantes artificiais!

Publicado em 10/06/2013 por Nyle Ferrari

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Seja em um doce multicolorido, um xarope para a tosse, uma tintura de cabelo ou até um batom, os corantes estão bem presentes no nosso dia a dia e se dividem em dois tipos: os naturais e os artificiais. Os naturais podem ser obtidos de insumos vegetais, minerais ou animais, e os artificiais são obtidos ou através de derivados de petróleo, ou do alcatrão de carvão mineral.

Dado a relevância dos corantes no mercado e em nossa vida, saber quais são nocivos à saúde e quais não é imprescindível. Muitas mães dão doces aos seus filhos sem nem ter noção de que eles contêm corantes que podem provocar desde alergias até câncer!

Corantes naturais: praticamente inofensivos, mas com ressalvas…

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Foto: Reprodução

Usado em doses aceitáveis, a maioria dos corantes naturais derivados de ativos vegetais são inofensivos, tais como o urucum, betacaroteno, extrato de beterraba, licopeno, etc. Os derivados de minerais, que geralmente são óxidos, também não dão muita dor de cabeça (desde que não sejam nanopartículas, aí é outra história). No entanto, alguns corantes naturais merecem atenção especial. São eles:

Corante Caramelo (caramel coloring)

  • Como é obtido: originalmente, o corante caramelo foi obtido através de um processo bem simples, que consistia em esquentar o açúcar até que ele se caramelize (daí o nome) – esse processo, inclusive, ainda é muito usado, e é o menos nocivo. No entanto, o corante caramelo ainda pode ser obtido através da reação entre açúcares e amônia/sulfitos.
  • Qual é a cor fornecida por esse corante? Tons que variam do amarelo-palha até o marrom bem escuro.
  • Onde ele é encontrado? Molhos industrializados, caldos em tablete, refrigerantes, bebidas alcoólicas como o uísque, biscoitos, cereais matinais, energéticos e até aveia que não seja 100% pura.
  • Motivos pelos quais você deve evitá-lo: o corante caramelo obtido através da caramelização do açúcar pura e simples não oferece muito perigo. Já alguns corantes caramelo obtido através da reação entre açúcares e amônia/sulfitos podem gerar subprodutos como o 2-methylimidazole e 4-methylimidazole, que são cancerígenos (fonte). Muitos refrigerantes contém corantes derivados desse processo.
  • Qual identificar o nome do corante na embalagem? Geralmente vem escrito “corante natural caramelo” ou “corante caramelo”. Os corantes caramelo III e IV (existem 4 tipos) são os mais nocivos, e levam o nome de “corante Caramelo IV” (ou “INS 150d”) e “corante Caramelo III” (ou “INS 150d”).
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Corante carmim (carmine) ou cochonilha (cochineal)

  • Como é obtido? O corante carmim é basicamente obtido de um animal, o inseto Dactylopius coccus, e o processo é alvo de críticas porque implica, necessariamente, na morte do mesmo. Toneladas desses insetos são esmagados para esse fim.
  • Qual é a cor fornecida por esse corante? Varia do rosa claro ao vermelho.
  • Onde ele é encontrado? Alimentos (iogurtes, doces) e cosméticos (batons e blushes, qualquer produto que tenha cor rosada).
  • Motivos pelos quais você deve evitá-lo: aos engajados na causa animal, evitar esse tipo de corante é importante para evitar mortes desnecessárias, já que é possível obter tons de vermelho e rosa através de pigmentos da beterraba, bem como argilas e minerais em determinados casos.

Corantes artificiais e seus malefícios para a saúde

Ao contrário dos corantes naturais, os corantes artificiais, como o nome mesmo sugere, são sintetizados ou por meio de derivados do petróleo, ou por meio do alcatrão de carvão. Eles conferem cores mais vívidas e atrativas aos alimentos (principalmente os doces) que os corantes naturais, mas seus efeitos no organismo a curto, médio e longo prazo podem ser devastadores.

Substâncias usadas para sintetizar corantes artificiais e o câncer

A “encrenca” com os corantes artificiais se dá porque são sintetizados principalmente através dos hidrocarbonetos aromáticos (benzeno, xileno, tolueno) e dos HAPs (hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, “PHAs”, em inglês), como o naftaleno. Esses compostos são obtidos do alcatrão de carvão e também do petróleo.

De acordo com o EWG, organização especializada em estudar os impactos das substâncias químicas (dentre outras atuações), os PHAs recebem nota 9/10 na escala que mede o grau de “perigo” de algum composto (quanto maior a nota, mais nocivo). Essa pontuação se dá porque os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos são apontados como possivelmente cancerígenos por diversas instituições, inclusive pelo conceituado IARC (International Agency for Research on Cancer). Hidrocarbonetos aromáticos, tais como o benzeno e tolueno, são tóxicos e comprovadamente cancerígenos (fontes: Cancer.org).

Os efeitos dos corantes artificiais mais usados

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Além do excesso de sódio, uso de glutamato monossódico e transgênicos, o salgadinho Doritos leva corante artificial em sua composição

Os corantes artificiais podem ser encontrados em uma infinidade de alimentos (se for colorido demais, desconfie), mas principalmente em guloseimas (chicletes, balas, doces em geral), suquinhos de caixinha, etc. Em maquiagens, não é raro encontrar batons e sombras que levem corantes artificiais. Em remédios, idem: xaropes coloridos, comprimidos com cores atrativas, etc.

Em linhas gerais, qualquer alimento que seja multicolorido ou com cores “divertidas” certamente terá corante sintético, o mesmo vale para maquiagens convencionais, que não sejam verdadeiramente minerais ou orgânicas. Remédios que não sejam brancos ou transparentes (no caso dos líquidos), provavelmente terá corantes, ou caramelo ou algum artificial. Mas, claro, não basta só olhar a aparência do alimento, é preciso olhar o rótulo e identificar os corantes na composição (saiba como mais a frente).

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De acordo com a Food Standards Agency britânica, a mistura entre certos corantes artificiais e o conservante benzoato de sódio pode estar relacionado a comportamento hiperativo em crianças.

Caso alguém venha a se perguntar qual o significado das letras que compõe o nome dos corantes que citarei abaixo, aí vai a explicação: “F” significa aprovado para uso alimentar (food). “D” significa aprovado para remédios (drugs). “C” significa aprovado para cosméticos (cosmetics).

Dito isso, conheça melhor alguns dos corantes sintéticos mais famosos e seus efeitos:

Tartrazina (Tartrazine)

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Foto: Reprodução

  • Qual a cor fornecida por esse corante? Amarelo-limão, geralmente.
  • Onde ele é encontrado? Remédios (como Coristina D), salgadinhos (tais como Doritos), bebidas (Gatorade, Tang), gelatinas e cosméticos (shampoos, hidratantes, produtos de coloração aparentemente “artificial”), chocolates (como o Confete da Lacta, M&M’s), cereais matinais, etc.
  • Quais são seus efeitos? O corante tartrazina é fortemente relacionado ao surgimento de alergias, resultando em urticária e/ou asma (fonte). Seu uso é proibido na Noruega.
  • Como reconhecer esse corante nos rótulos? Além do “Tartrazina” ou “Tartrazine”, esse corante pode vir como FD&C Yellow 5 (mais comum), FD&C Yellow No. 5, C.I. 19140 ou E102 (na Europa)

Amarelo crepúsculo (Sunset Yellow)

Corantes artificiais é bastante comum em isotônicos (Foto: Reprodução)

Corantes artificiais são bastante comuns em isotônicos (Foto: Reprodução)

  • Qual a cor fornecida por esse corante? Laranja, geralmente
  • Onde ele é encontrado? Doces, salgadinhos, refrigerantes sabor laranja, algumas geleias, salgadinhos, bebidas (como Gatorade), remédios e cosméticos.
  • Quais são seus efeitos? De acordo com o Daily Mail, a produção do amarelo crepúsculo pode gerar o subproduto Sudan 1, que é cancerígeno. Além disso, o corante estaria ligado a reações alérgicas e hiperatividade em crianças. Foi proibido na Noruega e Finlândia.
  • Como reconhecer esse corante nos rótulos? Além do “Amarelo Crepúsculo” ou “Sunset Yellow”, esse corante pode vir como FD&C Yellow 6 (mais comum), FD&C Yellow No. 6, C.I. 15985 ou E110 (na Europa)

Azul brilhante (Brilliant Blue)

Foto: Reprodução

Foto: Reprodução

  • Qual a cor fornecida por esse corante? Como o nome sugere, tons de azul. Pode ser misturado a outros corantes para gerar cores secundárias, como o verde.
  • Onde ele é encontrado? Cremes dentais, doces (principalmente aqueles que pintam a língua), bebidas como o licor Curaçau Blue, maquiagens, remédios, etc.
  • Quais são seus efeitos? De acordo com a Fox News, pesquisadores descobriram que esse corante pode chegar à corrente sanguínea através da pele, língua e do aparelho digestivo. A descoberta seria ruim porque estudos apontam que o Azul Brilhante pode inibir a respiração celular – essencial para a vida. Além disso, o corante é relacionado a alergias e asma.
  • Como reconhecer esse corante nos rótulos? Além do “Azul Brilhante” ou “Brilliant Blue”, esse corante pode vir como FD&C Blue 1, FD&C Blue No.1, C.I. 42090 ou E133 (na Europa).

Complementando os corantes artificiais citados, existem outros menos comuns, mas que também estão associados a alergias, hiperatividade, câncer, tumores na tireoide, (dentre outros) e é prudente que sejam evitados. São eles:

  • FD&C Blue No. 2 – confere coloração azul. Também chamado de Indigotina, Anil, Indigotine, E132, CI 73015
  • FD&C Green No. 3 – confere coloração verde turquesa. Fast Green FCF, C.I. 42053, E143
  • FD&C Red No. 40 – confere coloração verde. Também chamado de Vermelho Allura AC, Vermelho Allura, Allura Red AC, E129, C.I. 16035
  • FD&C Red No. 3 – confere coloração rosa-cereja. Também é chamado de Eritrosina, Erythrosine, E127, C.I. 45430

Sei que ninguém vai ficar decorando o nome de cada um dos corantes, mas é importante lembrar que se aparecer no rótulo do produto qualquer composto que tenha “FD&C”, “D&C” e/ou “Lake” no nome, evite-o. Caso você esteja longe do computador e veja o nome do composto escrito em “C.I” (exemplo: C.I. 16035), provavelmente é alguma substância que o fabricante prefere que você não identifique com facilidade (por que será?).

Para fechar, você deve estar se perguntando porque os corantes artificiais, mesmo com todos os estudos apresentando seus aspectos negativos, continuam sendo usados amplamente. A resposta é um tanto simples: corantes naturais são mais caros, encarecem o produto final e diminuem o consumo. Não é vantajoso economicamente.

A questão é: seria justo com as nossas crianças, que são o principal alvo do amplo uso desses corantes? Qual é o real preço que todos esses alimentos, medicamentos e cosméticos, levando em conta todos os danos para a saúde que eles podem causar? É algo importante para todos, principalmente as mães, pensarem.

Estou ciente de que lidar com criança não é fácil e é praticamente impossível proibi-los de ter qualquer tipo de contato com doces e alimentos que tenham corantes artificiais – isso fora de casa. Dentro de casa, a alimentação dos filhos é controlada pelos pais: se não tem, a criança não come. Simples assim. Ela pode até querer, mas vendo que não tem, ela pode até resmungar, mas logo vai esquecer e nem vai lembrar disso. No começo é difícil, mas é necessário e para o bem dela.

Fontes e Referências: Cancer.org; Food.gov.uk; Corpo a Corpo; Idec.org; Super; Healthy Child; Cspinet

Fabricantes de alimentos trocam corantes por pressão de mídias sociais

Mais que as agências reguladoras, têm sido as mídias sociais e os grupos de defesa dos consumidores que, nos Estados Unidos, têm levado fabricantes de alimentos e bebidas a substituírem os corantes artificiais – os quais, suspeita-se, sejam responsáveis pelo aparecimento de alergias e também estejam associados ao surgimento da hiperatividade e de casos de câncer – pelos produtos naturais à base de plantas e especiarias. Embora não existam estudos conclusivos a respeito dos problemas de saúde que eles possam causar, alguns países da Europa também têm feito a troca.

Nos Estados Unidos, foi depois que a blogueira Renee Shutters, de Jamestow, em Nova Iorque, reuniu quase 150 mil assinaturas na Internet favoráveis a retidada do componente que a Mars - fabricante dos tradicionais chocolates M&M – cogitou trocar um corante derivado de petróleo empregado em seus produtos por outro extraído da alga marinha, seguindo o exemplo da Europa – naquele continente, o produto derivado do petróleo já não é mais usado. A rigor, corantes artificiais não possuem valor nutritivo e são incorporados ao alimento para acentuar sua cor e sabor.

Já no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu o pedido de grupos de consumidores para que as substâncias tartrazina e caramelo 4 (que estão presentes, entre outros produtos, nas fórmulas de energéticos, cervejas, sucos e refrigerantes) fossem substituídos - supostamente uma das substâncias presentes nesses corantes pode causar câncer. A agência, porém, acabou rejeitando a solicitação concluindo, com base em estudos internacionais, que a substância não é tóxica ou cancerígena e não oferece perigo na quantidade que é empregada. Porém, na Califórnia, nos Estados Unidos, o governo daquele estado determinou a redução do caramelo 4 em bebidas do tipo cola.

Para o químico Paulo Garcia de Almeida, membro da câmara técnica de alimentos do Conselho Regional de Química de SP, a pergunta que deve ser feita é a seguinte. “Se pode diminuir a quantidade sem alterar a qualidade do produto, por que a indústria não adota esse novo padrão em todo o mundo em vez de expor a população a riscos?”.

A Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (ABIA) considera não existir evidência que justifique mudanças. Para o nutrólogo Edson Credidio, pesquisador da Unicamp, nem sempre os corantes naturais são mais saudáveis. Ele cita o exemplo do vermelho do corante carmim, que vem do inseto cochonilha, e relata a existência de casos de choque anafilático relacionados com seu uso. “O rótulo de natural não quer dizer inofensivo, nem o artificial quer dizer perigoso. É preciso bom senso”, argumenta.

Para os fabricantes nem sempre é fácil fazer a troca dos corantes e o custo da troca também costuma ser alto. “Os produtos não ficam tão brilhantes ou coloridos nem tão estáveis quanto à versão industrializada”, explica o pesquisador da Unicamp, acrescentando, porém, que, quando são produzidos corretamente, corantes naturais apresentam tingimento similar ao dos sintéticos.

Mas, de acordo com a ABIA, toda substituição de aditivo alimentar tem impacto direto nas propriedades dos produtos. “O desafio da indústria da alimentação é desenvolver tecnologias e processos que aliem as exigências regulatórias e seu compromisso com a saúde da população com a expectativa do consumidor em relação ao produto (cor, odor, textura e sabor)”, esclareceu a ABIA através de nota. A associação informou ainda, ser necessário um período de ajustamento técnico, tecnológico e produtivo, que varia muito de acordo com os produtos em questão. (Com informações do jornal Folha de São Paulo – 12.01.14)

Uma alimentação dependente do petróleo

Nós comemos petróleo, mesmo que não percebamos. O atual modelo de produção, distribuição e consumo de alimentos é dependente do “ouro negro”. Sem petróleo não poderíamos comer tal qual o fazemos atualmente. Todavia, frente a um cenário no qual será cada vez mais difícil extrair petróleo que também será cada vez mais caro, como iremos nos alimentar? Essas são algumas reflexões que Esther Vivas, espanhola, ativista e escritora de diversos livros sobre movimentos sociais e consumo responsável, apresenta nesse artigo, publicado por El Publico, 05-05-2014. A tradução é do Cepat. Eis o artigo.

A agricultura industrial nos tornou dependentes do petróleo. Desde o cultivo, a colheita, a comercialização até o consumo, ele tornou-se uma necessidade. A revolução verde, as políticas que diziam que iriam modernizar a agricultura e acabariam com a fome, e que foram implementadas entre os anos 40 e 70, nos transformaram em “junkies” (dependentes) deste combustível fóssil, em parte graças a seu preço relativamente barato. A mecanização dos sistemas agrícolas e o uso intensivo de fertilizantes e pesticidas químicos são o melhor exemplo de tal cenário. Estas políticas significaram a privatização da agricultura, deixando-nos, agricultores e consumidores, nas mãos de poucas empresas do agronegócio.

Apesar de a revolução verde insistir que aumentaria a produção de comida e, como consequência, iríamos ter o fim da fome, na realidade não observou-se esse resultado. Por um lado, sabemos que a produção por hectare cresceu. De acordo com dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), entre os anos 70 e 90, o total de alimentos per capita a nível mundial subiu cerca de 11%. Contudo, isto não repercutiu, como assinala Jorge Riechmann em sua obra “Cuidar la (T)tierra’”, em uma diminuição real da fome, já que o número de pessoas famintas no planeta, nesse mesmo período e sem contar a China, cuja política agrícola, regia-se em outros parâmetros, ascendeu, também em 11%, isto é dos 536 milhões para os 597.

Em troca, a revolução verde teve consequências muito negativas para pequenos e médios agricultores e para a segurança alimentar em longo prazo. Concretamente, o poder das empresas agroindustriais aumentou em toda a cadeia produtiva, provocando a perda de 90% da agro e biodiversidade, reduzindo-se massivamente o nível freático, aumentando-se a salinização e a erosão do solo, e deslocando milhares de agricultores do campo para cidades miseráveis, desmantelando os sistemas agrícolas tradicionais e nos tornando dependentes do petróleo.

Uma agricultura “junkie”

A introdução da maquinaria agrícola em grande escala foi um dos primeiros passos. Nos Estados Unidos, por exemplo, em 1850, como indica o informe Food, Energy and Society, a tração animal era a principal fonte de energia no campo e representava cerca de 53% do total, seguida da força humana, com cerca de 13%. Cem anos mais tarde, em 1950, ambas somavam apenas 1% frente à introdução das máquinas de combustível fóssil. A dependência da maquinaria agrícola (tratores, colheitadeiras, caminhões,...), cuja necessidade atual em grandes plantações e monocultura é enorme. Desde a etapa de produção, a agricultura está “viciada” no petróleo. O sistema agrícola atual, com o cultivo de alimentos em grandes estufas, independente da temporalidade e o clima mostra que, mesmo assim, a necessidade de derivados de petróleo e o consumo energético ainda são elevados. Desde mangueiras passando por contêineres, acolchoados, malhas até o teto e cobertas, tudo é de plástico. O Estado espanhol, de acordo com os dados do Ministério da Agricultura e Meio Ambiente, está no centro do cultivo com o plástico na Europa mediterrânea com 66 mil hectares cultivados, a maior parte em Andaluzia e, em particular em Almería, seguida, mais distantemente, de Múrcia e das Ilhas Canárias. E, o que fazer com tanto plástico uma vez que sua vida útil chega ao fim?

O uso intensivo de fertilizantes e pesticidas químicos são uma mostra a mais da dependência do modelo alimentar do petróleo. A comercialização de fertilizantes e pesticidas aumentaram em 18% e 160% entre os anos de 1980 e 1998, respectivamente, de acordo com o relatório Eating oil: food suply in a changing climate. O sistema agrícola dominante necessita de altas doses de fertilizantes elaborados com petróleo e gás natural, como amoníaco, ureia etc., que substituem os nutrientes do solo. Multinacionais petroleiras, como Repsol, Exxon Mobile, Shell, Petrobrás contam em suas carteiras com os investimentos em produção e comercialização de fertilizantes agrícolas.

Os pesticidas químicos de síntese são outra fonte importante de dependência deste combustível fóssil. A revolução verde, como analisávamos, generalizou o uso de pesticidas e, em consequência, a necessidade de petróleo para elabora-los. E tudo isto, sem mencionar o impacto sobre o meio-ambiente que tais agrotóxicos, a contaminação e o esgotamento de terras e de águas, além das consequências para a saúde de campesinos e consumidores.

Alimento viajante

Observamos a necessidade de petróleo, assim como, das longas viagens que os alimentos realizam: desde o local de seu cultivo até o lugar em que serão consumidos. Calcula-se que a comida viaja em média cinco mil quilômetros do campo até o prato, segundo o informe dos Amigos da Terra, com o hidrocarboneto necessário e impacto ambiental consequente. Estes “alimentos viajantes”, de acordo com tal informe, geram quase cinco milhões de toneladas de CO2 ao ano, contribuindo para o agravamento da mudança climática. A globalização alimentar, em sua corrida para obter o máximo benefício, desloca a produção de alimentos, como o fez com tantos outros âmbitos da economia produtiva. Ela produz-se em grande escala nos países do Sul, aproveitando-se de condições de trabalho precárias e da legislação ambiental inexistente e, posteriormente, vende sua mercadoria na Europa a um preço competitivo. Ou produz ao Norte, graças a subvenções agrárias que estão nas mãos de grandes empresas, para depois comercializar as tais mercadorias subsidiadas na outra ponta do planeta, vendendo abaixo do preço do custo e fazendo uma concorrência desleal à produção interna. Aqui reside o porquê dos alimentos “quilométricos”: o máximo benefício para alguns poucos e a máxima precariedade, pobreza e contaminação ambiental para a maioria.

No ano de 2007, o Estado espanhol importou mais de 29 milhões de toneladas de alimentos, cerca de 50% a mais que em 1995. Três quartos foram cereais, preparados de cereais e alimentos para o gado industrial, a maior parte vinda da Europa, América Central e do Sul, como indica o relatório Alimentos Quilométricos. Inclusive os alimentos típicos, como o grão de bico ou o vinho, acabaram sendo consumindo a milhares de quilômetros de distância. Cerca de 87% do grão de bico que comemos na Espanha vem do México, no estado Espanhol seu cultivo caiu progressivamente. Qual é o sentido de tal atividade internacional tão intensa, a partir de um ponto de vista social e meio-ambiental? Nenhum.

Uma comida típica dominical na Grã Bretanha, ou as batatas da Itália, cenouras da África do Sul, feijões da Tailândia, vitela da Austrália, brócolis da Guatemala e o morango da Califórnia e uvas da Nova Zelândia como sobremesa geram, de acordo com o relatório Eating oil: food suply in a changing climate, 650 vezes mais gases de efeito estufa, devido ao transporte, do que se tal comida tivesse sido cultivada e comprada localmente. O total de quilômetros que o conjunto destes “alimentos viajantes” somam do campo até a mesa é de 81 mil, o equivalente a duas voltas inteiras no planeta terra. Algo irracional se tivermos em conta que muitos destes produtos também são cultivados no próprio território. A Grã Bretanha importa grandes quantidades de leite, de porco, cordeiro e outros alimentos básicos, apesar de exportar quantidades similares dos mesmos. Na Espanha, ocorre o mesmo.

Comendo plástico

E uma vez que os alimentos chegam ao supermercado, o que ocorre? Plástico e mais plástico, com derivados do petróleo. Assim, encontramos uma embalagem primária que contém o alimento, uma embalagem secundária que permite uma exibição atrativa no estabelecimento e, finalmente, sacolas para levá-lo do “super” a casa. Na Catalunha, por exemplo, dos quatro milhões de toneladas anuais de resíduos, cerca de 25% correspondem a sacos de embalagens de plástico. Os supermercados embalam tudo, a venda a granel é algo do passado. Um estudo encomendado pela Agência Catalã do Consumo, concluiu que comprar no comércio local gera cerca de 69% a menos de resíduos do que um supermercado ou uma grande área.

Uma anedota pessoal ilustra bem esta tendência. No início, as casas compravam a água engarrafada, em grandes garrafas de vidro de oito litros, hoje quase toda a água que é comercializada está engarrafada em embalagens plásticas. E está na moda, inclusive, compra-las em “packs” de seis unidades de um litro e meio. Não é de estranhar, pois, que dos 260 milhões de toneladas de resíduos plásticos no mundo, a maior parte seja de recipientes de água ou leite, como indica a Fundação Terra. O Estado espanhol, de acordo com a fonte, é o principal produtor na Europa de sacolas plásticas de apenas um uso e o terceiro consumidor. Calcula-se que a vida útil de uma sacola plástica é de 12 minutos em média, contudo sua decomposição pode demorar cerca de 400 anos. Então, tirem suas próprias conclusões.

Vivemos em um planeta de plástico, como retratou brilhantemente o austríaco Werner Boote em seu filme “Plastic Planet” (2009), no qual afirmava: “A quantidade de plástico que temos produzido desde o início da era do plástico é suficiente para circular até seis vezes o planeta com sacolas”. E não é só isso, que impacto há na saúde essa onipresença em nossa vida cotidiana? Um depoimento em tal filme dizia: “Comemos e bebemos plástico”. E isto, como denuncia o documentário, tarde ou cedo, nos trará a fatura.

A grande distribuição não apenas generalizou o consumo de grandes quantidades de plástico como, também, do uso do carro para ir às compras. A proliferação de hipermercados, grandes armazéns e centros comerciais na periferia das cidades forçou o uso de carros particulares para deslocar-se até estes estabelecimentos. Ao tomarmos a Grã Bretanha como exemplo, e como indica o relatório Eating oil: food suply in a changing climate, entre os anos de 1985/86 e 1996/98 o número de viagens na semana, por pessoa, para fazer compras com o carro passou de 1,7 para 2,4. O total da distância percorrida também aumentou, dos 14 km por pessoa na semana, para 22 km, um aumento de 57%. Mais quilômetros, mais petróleo e mais CO2, em detrimento, além de tudo, do comércio local. Se no ano de 1998 existiam no Estado espanhol 95 mil estabelecimentos, em 2004 este número foi reduzido em 25 mil.

O que fazer?

De acordo com a Agência Internacional da Energia, a produção de petróleo convencional alcançou seu pico em 2006. Em um mundo onde o petróleo é escasso o que e como vamos comer? Em primeiro lugar, é necessário ter em conta que enquanto maior for da agricultura industrial, intensiva, quilométrica, globalizada, maior será a dependência do petróleo. Em contramão, quanto mais estivermos em um sistema de pequena agricultura, agroecológica, local, de temporada, menor será a “dependência” dos combustíveis fósseis. A conclusão, creio, é óbvia.

É urgente apostar em um modelo de agricultura e alimentação antagônico ao dominante, que coloque no centro as necessidades da maioria e do ecossistema. Não se trata de uma volta romântica ao passado, mas da necessidade urgente de cuidar da terra e garantir a comida para todos. Ou apostamos na mudança ou, quando não houver mais remédio, outros farão, como tantas vezes, negócio com nossa miséria. Não deixemos que a história se repita.

Veja também:

Um espanto: fotógrafa documenta diariamente um lanche do McDonald’s que, mais de QUATRO anos depois de comprado, ainda não se deteriorou

“Happy Meal Project”: as batatas fritas e o hambúrguer fotografados no primeiro dia

ATUALIZADO DIA 29 DE OUTUBRO DE 2014

Passados mais de dez anos do documentário Super Size Me, que obrigou a rede de fast food McDonald’s a reformular seu cardápio no mundo inteiro, incluir alimentos saudáveis nos famosos combos, como frutas e saladas, e investir pesadamente numa campanha para melhorar sua imagem de disseminadora de alimentação prejudicial à saúde — o que o documentário sugeria fortemente –, a cadeia internacional está já há quatro anos e meio diante de um novo desafio.

Trata-se do Happy Meal Project, da artista plástica e fotógrafa novaiorquina Sally Davies que, em 2010 resolveu registrar em fotografias diárias o processo de decomposição de um McLanche Feliz, formado por um hambúrguer e uma porção de batatas fritas. O lanche não está em geladeira nem nada parecido: fica no ambiente natural de uma casa.

Com o passar do tempo, a fotógrafa ficou estupefata: o sanduíche e as batatinhas continuavam com a mesma aparência, não mostrando sinais de alteração. Como se fossem de borracha ou de isopor.

No dia 10 de abril, passado, o projeto completou 4 anos e — pasmem! — estava tudo igualzinho ao primeiro dia. As fotos, todas as 1.545 delas, estão expostas em seu site, e em seu espaço no flickr, e mostram que a única variação se deu no pão do hambúrguer, que se partiu em alguns pedaços devido ao ressecamento.

“Eu demoro a acreditar que se passaram dois anos desde o dia em que o comprei”, disse a fotógrafa dà agência espanhola de notícias EFE dois anos e meio atrás. “Eu pareço dois anos mais velha, mas para o hambúrguer o tempo não passa”.

As batatinhas e o hambúrguer, 1660 dias depois: tudo o que aconteceu foi que o pão secou e se partiu em alguns pedaços; a carne do hambúrguer encolheu um pouco e endureceu, e as batatas fritas têm quase o mesmo aspecto, apenas um pouco murchas

“Continuarei fotografando o hambúrguer até que ele se desintegre, o que pode custar o resto da minha vida natural”, explicou a artista, que constatou como nos 751 dias em que se dedica a fotografar esse exemplo de fast-food muito pouco mudou nos componentes do lanche infantil.

Davies acha que o lanche que comprou há mais de dois anos sofreu algum tipo de desidratação mas não iniciou nenhum processo de putrefação. E se pergunta que qualidades nutricionais que pode ter “um alimento que não apodrece nem se corrompe com a passagem do tempo”.

Um mês só comendo no McDonald’s — e o cineasta ficou péssimo

Em 2004, o cineasta americano Morgan Spurlock passou 30 dias se alimentando exclusivamente no McDonald’s: café da manhã, almoço e jantar, sendo monitorado por exames clínicos e acompanhado por um médico, para realizar o Super Size Me.

Chegou a consumir em média 5000 kcal (o equivalente de 6,26 Big Macs) diáriamente durante o experimento.

“Super Size Me”: em 30 dias, o cineasta Spurlock ganhou 11 quilos, problemas no fígado, disfunção erétil e depressão

Spurlock, antes do experimento, mantinha uma dieta variada, era saudável e magro, com 1,88 metro de altura e 84,1 quilos. No final dos 30 dias, havia engordado 11,1 quilos, seu índice de massa corporal se elevara de 23,2 para 27 (grande aumento de gordura), sofreu problemas como mudanças de humor (um começo de depressão) e disfunção sexual, além de danos ao fígado. O cineasta precisou de 14 meses para perder o peso que havia ganhado.

Trecho do filme:

https://www.youtube.com/watch?v=jBh_ioTwhJU

Como Comer de Maneira Saudável Sendo Vegetariano

Criado por Jack.aw, Rafael Bemerguy

Adotar uma dieta saudável vegetariana não significa somente retirar a carne do prato e comer o que sobrou nele. Você precisa tomar alguns cuidados adicionais para garantir o consumo de suas necessidades nutricionais diárias. Uma dieta vegetariana bem equilibrada consistente principalmente de alimentos derivados das plantas, como frutas, vegetais, grãos integrais, legumes, nozes e sementes.

Passos

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    1. Em vez de usar uma pirâmide alimentar padrão, usar uma pirâmide vegetariana pode ser melhor. Essa pirâmide destaca os vários grupos alimentares e escolhas que ajudam a formar a base de uma dieta vegetariana saudável.
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    1. Procure alternativas para a carne, como tofu, soja ou tempeh. Esses produtos são frequentemente encontrados em supermercados. Alguns deles possuem o mesmo gosto e textura da carne, enquanto outros apenas carregam o mesmo valor nutricional.
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    1. Encontre alternativas para os ovos e para os laticínios caso deseje seguir uma dieta vegan.
      • Leite – Beba leite de soja fortificado, leite de arroz ou leite de amêndoas para substituir o leite de vaca. Alguns desses leites podem ser insossos, mas os que contêm baunilha na composição são bastante bons. Leite de coco também está se tornando popular, e possui 50% mais cálcio do que o leite integral regular.
      • Manteiga – Ao fazer um sauté, use azeite de oliva extra virgem, água, caldo vegetal, vinho ou spray de cozinha sem gorduras. Para alimentos assados, use o óleo de canela.
      • Queijo – Use queijo de soja.
      • Ovos – Para alimentos assados, você pode usar um substituto para os ovos, que são produtos secos feitos principalmente de amido de batata.
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    1. Garanta a ingestão de todos os nutrientes necessários para o corpo. Quanto mais restritiva sua dieta, mais ficará difícil obter tudo o que é preciso. Você precisa obter conscientemente todas as vitaminas e nutrientes necessários.
      • Proteína – Ovos e laticínios, produtos de soja, substitutos de carne, legumes, lentilhas, nozes, sementes e grãos integrais.
      • Cálcio – vegetais verde-escuros (espinafre, nabo, couve-galega, couve-de-folhas e brócolis), tofu enriquecido com cálcio, leite de soja fortificado, sucos de frutas.
      • Vitamina B-12 – leite, ovos e queijo, cereais enriquecidos, produtos de soja fortificados, suplementos vitamínicos.
      • Ferro – feijões e ervilhas secos, lentilhas, cereais enriquecidos, produtos de grãos integrais, vegetais folhosos verde-escuros, frutas secas.
      • Zinco – grãos integrais, produtos de soja, nozes, germe do trigo.
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    1. Comece com pratos vegetarianos assim que se familiarizar com a dieta. Faça uma lista de algumas refeições sem carne que possam ser preparadas, como espaguete com molho de tomate e uma macarronada altamente proteica com alguns acompanhamentos. O espaguete pode ser feito com lentilhas e ervilhas. Vegetais mexidos fritos também são bons. Você pode substituir a carne pelo feijão para obter mais proteínas.
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    1. Opte por refeições sem carne. Escolha refeições que poderiam ser livradas da carne com algumas substituições. Muitas receitas precisam apenas de uma ou duas trocas!
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    1. Experimente novas ideias de refeições. Procure receitas vegetarianas online ou pesquise livros de receitas para obter algumas ideias. Quanto mais variedade você adicionar em sua dieta vegetariana/vegan, mais fácil será saciar suas necessidades nutricionais.
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    1. Localize o mercado local de fazendeiros. Ao comprar em lugares próximos de sua casa, você estará colaborando com fazendeiros locais. Comprar em tais ranchos garantirá que você obtenha alimentos mais frescos, descontos (visto que os alimentos não serão transportados de países estrangeiros – países estes QUE podem permitir o uso de pesticidas). É provável que o alimento não venha revestido com um resíduo ceroso que o faz parecer mais brilhante e menos amadurecido artificialmente. A sujeira nos vegetais não é algo tão ruim!
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    1. Coma suas verduras! Verduras e frutas fornecem nutrientes e vitaminas. Tente comprá-las em mercados locais e organicamente se possível. Para melhores resultados, cultive seu próprio alimento. Vegetais folhosos e escuros, como o espinafre e suas contrapartes semelhantes, tendem a carregar muito ferro. Coma vegetais coloridos e frescos. Quanto mais cor e variedade, mais vitaminas e nutrientes você ingerirá. Visto que muitas pessoas ingerem mais proteínas do que o necessário, você não terá de se preocupar em substituir toda a proteína que antes era consumida através da carne.
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    1. Encontre proteínas e fibras em legumes. Feijões são baratos, disponíveis o ano inteiro e são fáceis de preparar. A lentilha possivelmente é o alimento perfeito, pois contém mais proteínas que a carne – além de ser rica em fibras e nem um pouco gordurosa. Ela também é encontrada em diversas variedades.
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    1. Grãos integrais são essenciais em qualquer dieta e devem ser consumidos em todas as refeições. Coma muito arroz marrom, arroz selvagem e evite as misturas de arroz com sabor e excessivamente fervidas. Adicione nozes e sementes em sua dieta. Elas fornecem gorduras saudáveis. Não se confunda com “grãos mistos” e etc., pois eles podem conter apenas uma pequena quantidade de elementos saudáveis misturados com farinha processada. Leia as tabelas nutricionais e compre sempre na seção de alimentos orgânicos ou saudáveis de seu mercado. É provável que pães refrigerados tenham menos conservantes e elementos químicos.
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    1. Evite alimentos processados. Mesmo alimentos que indiquem serem fortificados não chegam perto do conteúdo nutricional original do item orgânico. Isso simplesmente significa que os nutrientes (do alimento fortificado) foram retirados e apenas alguns foram reinseridos depois.
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    1. Não beba refrigerantes, nem os Diet. Alguns acreditam que refrigerantes possuem muitos aditivos químicos que afetam o cérebro e o corpo, além de o adoçante extra ser extremamente pernicioso por causar convulsões e sintomas de esclerose múltipla. Faça pesquisas. Utilize açúcar natural e orgânico caso precise adoçar algo.
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    1. Beba leite de soja, de arroz ou de outras opções que não derivem da vaca. O leite de vaca é incrivelmente gorduroso e normalmente é carregado com esteroides e antibióticos.
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    1. Tome um bom café da manhã. Experimente batidas, cereais integrais quentes ou gelados, frutas e um copo de chá verde ou de café orgânico. Cereais devem conter pouco açúcar, e ricos em trigo integral e grãos mistos.
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    1. Planeje seus almoços e jantares e não sinta a necessidade de comer apenas saladas o tempo todo. Tente criar saladas mais exóticas com verduras picantes, frutas secas, queijos e nozes para sair do marasmo dos pratos gelados.
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    1. Procure a delicatessen de suas lojas de saúde locais para obter ótimas ideias. Este é um grande meio de experimentar frutos do mar e itens vegetarianos que sejam difíceis para você (cozinheiro amador) preparar.

"Vegetarismo" é derivado do termo francês végétarisme.3 A Vegetarian Society, fundada em 1847, reivindica ter "criado a palavra vegetarian (vegetariano) do latim vegetus, que significa "vivo" (que é como os primeiros vegetarianos disseram se sentir com a dieta)".4 Entretanto, o dicionário de inglês Oxford, entre outros dicionários padrões, afirmam que a palavra foi formada do termo "vegetable" (vegetal) e do sufixo "-arian".5

O dicionário de inglês Oxford também aponta a evidência que indica que a palavra já era usada antes da fundação da Vegetarian Society:

  • 1839 - "Se eu tivesse que cozinhar, inevitavelmente me tornaria vegetariano." (F. A. Kemble, Jrnl. Residence on Georgian Plantation (1863) 251)
  • 1842 - "Dizer a um vegetariano saudável que sua dieta é bastante antipática com os desejos de sua natureza." (Healthian, Apr. 34)

Mas observa que: "O uso geral da palavra aparente aumentou muito devido à criação da Vegetarian Society em Ramsgate em 1847."

Formas de vegetarianismo

Há principalmente cinco formas de dietas vegetarianas, classificadas de acordo com os tipos de alimentos que são consumidos:

Ovolactovegetarianismo

Dieta composta por alimentos de origem vegetal, ovos, leite e derivados deles. Nesta dieta só há a exclusão de qualquer tipo de carne da alimentação.

Lactovegetarianismo

Dieta composta por alimentos de origem vegetal, leite e seus derivados. Os que a seguem não comem ovos nem qualquer tipo de carne. Essa é a dieta tradicional da população indiana.9

Adesivo com a frase "don't meat!" (traduzido do inglês, "não coma carne!") em rua de Barcelona

Ovovegetarianismo

Dieta composta apenas por alimentos de origem vegetal e ovos, havendo a exclusão dos produtos lácteos e seus derivados e de carne.

Vegetarianismo semiestrito

Dieta que exclui quase todos os alimentos de origem animal, abrangendo somente o mel.

Vegetarianismo estrito

Também chamado de vegetarianismo verdadeiro, é uma dieta que exclui todos os produtos de origem animal. Vegetarianos estritos não comem, assim, qualquer tipo de carne, ovos, laticínios, mel etc., retirando, da dieta, todos os produtos de origem animal. Essa forma de dieta é frequentemente confundida com o veganismo, mas, embora veganos sejam vegetarianos estritos, não são a mesma coisa:

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Apesar de [nutricionalmente] classificarmos os 'vegetarianos verdadeiros' apenas pela alimentação, existe uma diferença entre o vegano e o vegetariano estrito. Geralmente o vegano também não utiliza produtos não alimentícios provenientes de animais, como lã, couro, seda e pele. Quando falamos em termos [exclusivamente] nutricionais, não faz diferença essa classificação.10

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Pintura pró-vegetarianismo em rua de Le Mans

Enquanto o vegetarianismo estrito é apenas um regime alimentar, veganismo é respeito aos direitos animais - o que inclui o vegetarianismo estrito por razões éticas, mas não apenas (circo com animais, rodeios, produtos testados em animais, e qualquer outra forma de exploração animal é boicotada pelos veganos). Existem também outras dietas semelhantes como o crudivorismo e o frugivorismo.

Confusão de termos

"Vegetarianismo" é uma palavra ambígua, ou seja, que tem mais de um sentido. No sentido de gênero, fala abrangendo todas as formas de vegetarianismo. No sentido de espécie, designa o verdadeiro sentido da palavra, o vegetarianismo estrito (que não consome nenhum produto de origem animal).

Nisso, fazem-se diversas confusões. As mais comuns são: simplificar o ovolactovegetarianismo por vegetarianismo; e confundir vegetarianismo estrito com veganismo. Devido a isso, se emprega o termo "dieta vegana" para indicar a dieta vegetariana estrita. Veganismo não é dieta alimentar, vegetarianismo sim. O correto é sempre "dieta vegetariana". Ao referir-se a alguém que não se alimenta com nenhum produto de origem animal, usa-se o termo "dieta vegetariana estrita".

Conheça um pouco mais sobre alimentação macrobiótica

A palavra macrobiótica é uma palavra grega que significa: macro (grande) e bio (vida). Esta filosofia é baseada em um estilo de vida diferente, na teoria yin (negativo) e yang (positivo), objetivando o equilíbrio entre si, em todos os aspectos da vida. O fundador dessa filosofia foi George Ohsawa.

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O yin e o yang são duas forças opostas, yin é o lado flexível, frio e yang é o lado forte, quente, dinâmico. O objetivo da macrobiótica é equilibrá-los para promover a saúde e bem estar.

A alimentação macrobiótica é baseada em uma alimentação rica em cereais integrais, legumes, leguminosas e frutas, tudo sendo equilibrado pelos elementos yin e yang.

Alimentos Yin: centeio, aveia, milho, cevada, berinjela, tomate, pimenta, pepino, espinafre, alcachofra, abóboras, cogumelos, ervilhas, beterraba, alho, couve-flor, lentilhas, pescado, porco,

vaca, iogurte, natas, manteiga, margarinas, frutos, mel, açúcares, café, vinho, cerveja, chá verde, pimenta, refrigerantes.

Alimentos Yang: arroz, trigo, alface, repolho, alho-porro, grão-de-bico, rabanete, nabo, cebola, salsa, cenoura, agrião, linguado, atum, salmão, camarão, sardinhas, pato, peru, ovos, leite, queijos, amêndoa, azeitonas, óleos vegetais não refinados, alecrim, vinagre, mostarda, baunilha, açafrão, sal marinho não refinado.

Seguindo este estilo macrobiótico deve ser excluído o consumo de alimentos de origem animal, porém deve ser retirado aos poucos da alimentação, até que o próprio organismo não sinta mais essa necessidade. Também devem ser excluídos alimentos processados, congelados ou enlatados. Segundo os seguidores deste tipo de estilo de vida, consumir alimentos yin e yang pode influenciar nas características pessoais do individuo, pessoas que possuem alimentação extremamente yang podem adquirir caráter agressivo, impaciente, dominador, ao passo que pessoas que possuem alimentação extremamente yin podem tornar-se pessoas depressivas, dependentes, com comportamento relaxado.

Sabendo utilizar yin e yang no dia-a-dia todos tem a capacidade de escolher como ressaltar pontos em sua personalidade, tornando-se pessoas mais calmas, tranqüilas, sérias ou divertidas.

Segundo esta filosofia, a quantidade a ser consumida dos alimentos yin e yang depende das características individuais de cada indivíduo. Esta filosofia é baseada apenas em equilibrar o yin e o yang, portanto não considera a distribuição dos macronutrientes, micronutrientes e calorias.

Uma grande vantagem deste tipo de alimentação é o consumo elevado de fibras, podendo contribuir para prevenção de diversas doenças e contribuindo para o bom funcionamento do intestino. A dieta macrobiótica propõe a cura de doenças físicas, purificando-as, porém muitas vezes acreditando nesta teoria, as pessoas interrompem tratamentos médicos sem orientações, o que pode ser prejudicial.

Lembre-se de consultar sempre um médico ou nutricionista antes de adotar qualquer tipo de prática alimentar. Seu organismo agradece!

Dieta Macrobiótica

Como funciona a Dieta Macrobiótica?

George Ohsawa, o criador da dieta, garantiu curar uma doença séria através da dieta macrobiótica, baseada na filosofia chinesa Yin e Yang. A dieta tem como princípios um estilo de vida em harmonia com a natureza e uma alimentação simples, equilibrada e balanceada.

Sendo assim, a dieta associa a comida e a suas propriedades com efeitos maiores nas nossas vidas do que pensamos, atingindo não apenas nossa saúde física, mas também no nosso bem-estar mental.

A dieta está relacionada à alimentos naturais, com pouco ou nenhum processamento. A comida é comparada com as características da filosofia chinesa, o Yin e Yang, representando sempre os opostos. O Yin o doce, frio e passivo e o Yang é o salgado, quente e agressivo. Na dieta macrobiótica, o Yin e o Yang devem estar sempre em equilíbrio para uma vida saudável.

Lembrando que esta dieta pode levar a perda de peso, no entanto, requer mudanças profundas, relacionadas aos hábitos alimentares, por isso, adotar a dieta macrobiótica exige grande dedicação e compromisso para um estilo de vida.

Nessa dieta a preferência é por comidas cultivadas localmente, plantadas e preparadas da maneira tradicional. Veja abaixo os alimentos permitidos e proibidos da dieta:

Alimentos permitidos:

Grãos, vegetais, feijões, soja fermentada, sopa, peixes, nozes, sementes e frutas

Alimentos proibidos

Carne, alimentos lácteos, açúcar, café, chá cafeinado, bebida estimulante, álcool, chocolate, farinha refinada, pimentas muito picantes, produtos químicos e conservantes, aves e batatas.

Vantagens da Dieta Macrobiótica

A dieta possui como vantagens o consumo de alimentos naturais, além do alto consumo de frutas e vegetais. A dieta também evita o consumo de bebidas açucaradas, como refrigerante e bebidas alcoólicas.

Desvantagens da Dieta Macrobiótica

A dieta possui elevado consumo de carboidratos e cereais, o que não irá ajudar no processo de emagrecimento. Além de possuir um baixo consumo de proteínas. Não é aconselhado fazê-la com o intuito de perda de peso, devido sua complexidade e alto grau de dedicação, o que levará a poucos resultados com relação ao emagrecimento.

FONTES:

http://noticias-alternativas.blogspot.com.br/2014/11/5-motivos-pouco-conhecidos-que-fazem.html

http://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/28593-o-que-sao-alimentos-organicos

http://www.organicsnet.com.br/consumo-responsavel/10-motivos-para-consumir-organicos/

http://www.infoescola.com/agricultura/pesticidas/

http://pt.wikipedia.org/wiki/Pesticida

http://www.tierramerica.net/2002/1201/pconectate.shtml

http://ltc.nutes.ufrj.br/toxicologia/mXII.orga.htm

https://nutricaosadia.wordpress.com/2009/12/10/seguranca-da-concentracao-de-nitrato-em-cultivos-hidroponicos-do-alface-e-pesquisada-em-rondonia/

http://www.amaranthus.esalq.usp.br/hidroponic2.htm

http://www.portalorganico.com.br

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732003000100011

http://soja.tudosobre.org/transgenicos/riscos-dos-transgenicos-na-saude.html

http://aumagic.blogspot.com.br/2014/06/alimentos-transgenicos-esclarecendo.html

http://www.olibertario.org/2010/o-que-sao-alimentos-transgenicos-fazem-mal-como-identifica-los/

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http://super.abril.com.br/ciencia/criatividade-nao-petroleo-686633.shtml

http://www.ihu.unisinos.br/noticias/530994-uma-alimentacao-dependente-do-petroleo

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http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/tema-livre/um-espanto-fotografa-documenta-que-um-lanche-do-mcdonalds-751-dias-depois-de-comprado-nao-se-deteriorou/

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http://www.jn.pt/multimedia/galeria.aspx?content_id=2994180

http://ideiaweb.org/?p=6973

http://crisvogt.blogspot.com.br/2011/04/o-lado-escuro-da-comida-industria-da.html

http://nutricaosadia.wordpress.com/2010/04/12/lista-de-alimentos-transgenicos-guia-do-consumidor-elaborado-pela-greenpeace/

http://www.idec.org.br/mobilize-se/campanhas/fim-da-rotulagem-dos-alimentos-transgenicos-diga-no

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