tonsores
O trabalho em (video)performance, tem o objetivo de verificar como dois homens ‘desconhecidos’ entre si e colocados frente a frente, lidam ao raspar a barba e ao passar a máquina de corte para igualar os comprimentos dos respectivos cabelos. Como é esse acesso e cuidado ao outro, sem possuir o fator ‘intimidade’ de um período anterior ou de longa data. Algumas questões podem ser levantadas, além da afetividade entre os dois homens: a padronização da imagem (que não é garantida pois cada um possui características específicas), a não liberdade de escolha ou a não diversidade, enfim as obrigatoriedades. As duas ações (raspagem das barbas e cabelos) foram baseadas em registros de soldados por meio de fotos quando não possuiam espelhos no local.
A partir da segunda fase (ou montagem)
A escolha poderá se limitar à seleção de dois rapazes na casa dos 20 anos, pois o fato da posição das ações ocorrer ao nivel do chão, acaba exigindo mais da coluna ou um bom condicionamento físico. Quanto ao figurino, caso os escolhidos possuam muitas tatuagens visíveis, existe a possibilidade de se optar por um uniforme que cubra mais os corpos, não interferindo na visualização das ações. A performance é registrada por meio de gravação em vídeo.
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créditos
concepção: Élcio Miazaki
coordenação: João Galera
atuação: Lucas Simões e Felipe Luciano
gravação (imagem e som), edição: Bruno Gold
fotos stil: Helena Marc
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2023
Prêmio Branco de Melo - Belém/PA - Galeria Theodoro Braga
sp_arte - Pavilhão da Bienal - São Paulo/SP
2022
Festival Lux de Performances - Ed. Vera - São Paulo/SP
versão reduzida
versão na íntegra
TONSORES, 2022, performance, 30', (imagens da performance com dois homens nascidos e/ou moradores na mesma cidade, no caso, São Paulo.)
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