População e Instrução

Até à década de 60 a freguesia do Piódão

registou um crescimento contínuo da população, a partir daí

esta tendência inverteu-se. Em quatro décadas a freguesia perdeu 79% da população,

devido ao fenómeno migratório e ao envelhecimento da população.

O desequilíbrio etário nesta freguesia tem vindo a acentuar-se,

verificando-se uma maior quebra populacional

nos escalões mais jovens.

No que diz respeito à aldeia do Piódão,

a partir de meados do século XX, a maioria da população

emigrou para outros países ou para o litoral. Embora a emigração para o Brasil,

África ou Europa tenha sido relevante, o principal fluxo migratório dos habitantes da freguesia

do Piódão foi quase sempre em direcção a Lisboa. O primeiro momento de forte emigração para

Lisboa sentiu-se com o fecho das minas da Panasqueira. Os trabalhos concentravam-se

na estiva, na construção naval ou na lota. Nos anos 70 a alternativa a estes trabalhos

era a pequena restauração, criando-se uma rede de cumplicidades que

condicionava o acesso ao emprego, à existência de relações

de parentesco, amizade ou vizinhança.

Actualmente, a desertificação das zonas do interior,

afecta praticamente todas as povoações desta freguesia.

As populações mais jovens emigraram para o estrangeiro ou para as zonas litorais

à procura de melhores condições de vida, regressam às suas origens, sobretudo,

durante as épocas festivas para reviver o passado e se

reencontrarem com os seus congéneres.

O padre Manuel Fernandes Nogueira,

homenageado com uma estátua no largo da aldeia,

teve um importante papel tanto ao nível académico e cultural,

como ao nível do desenvolvimento da agricultura e silvicultura, incentivando

uma vida comunitária e participando do desenvolvimento económico da aldeia do Piódão.

Relativamente ao perfil de instrução,

a maior percentagem da população (42%) tem apenas o 1º ciclo,

seguida de 27% de indivíduos analfabetos e 24% de indivíduos com 2º ciclo.